Objetivo: Sumarizar o atual conhecimento sobre a candidúria no Brasil e no mundo,
descrevendo sua epidemiologia, patogênese, metodologia de detecção laboratorial e terapêutica
medicamentosa.
Síntese dos Dados: Revisão não sistemática realizada nas bases de dados
Pubmed, Scielo e Cochrane, em artigos científicos relacionados com o tema candidúria e
publicados nos últimos vinte anos. Os descritores utilizados foram “Candidúria”,
“Candida”
e “Infecções Hospitalares” individualmente ou em associação. Os artigos que abordavam
outros tipos de infecções por
Candida ou que não se adequavam ao objetivo do estudo foram
excluídos. Os artigos pesquisados evidenciam que as espécies mais prevalentes no Brasil
e no mundo são em ordem decrescente
Candida albicans
,
C. parasilosis,
C. tropicalis
,
C. glabrata
,
C. krusei
,
C. guilliermondii
,
C. lusitaniae
,
C. dubliniensis
,
C. kefyr
e
C. rugosa
.
Quando o tratamento é indicado, a droga de escolha é o fluconazol, desde que os isolados não
possuam resistência intrínseca.
Conclusão: Apesar da alta incidência e relevância clínica,
as candidúrias não estão ainda completamente elucidadas, permanecendo a necessidade de
esclarecer sua epidemiologia e patogênese em espécies emergentes e alcançar consenso nos
protocolos de tratamento.