O trabalho teve como objetivo obter modelos estatísticos para a estimativa da umidade de equilíbrio de
painéis OSB em função da temperatura e da umidade relativa do ar, assim como também avaliar o efeito
de algumas variáveis de produção sobre a umidade de equilíbrio dos painéis. O delineamento experimental
se constituiu de seis condições de processamento, três temperaturas do ar e seis umidades relativas do
ar. Nas condições de processamento, foram avaliadas três diferentes espessuras das partículas
strand
(0,4; 0,7 e 1,0 mm), duas densidades aparentes do painel (0,65 e 0,90 g/cm³) e também três níveis de
pressão na prensagem dos painéis (40, 60 e 80 kgf/cm²). Para cada tratamento foram produzidos quatro
painéis com a madeira de
Pinus taeda
e 6% de adesivo fenol-formaldeído. Na avaliação do experimento
foi considerado um delineamento inteiramente casualizado disposto em esquema fatorial triplo 6 x 3 x 6,
ou seja, 6 variáveis de produção (condições de processamento), 3 temperaturas do ar (30, 40 e 50°C) e 6
umidades relativas (40, 50, 60, 70, 80, 90%). As médias foram comparadas estatisticamente pelo Teste
Scott-Knott em nível de 5% de significância. A modelagem da umidade de equilíbrio dos painéis OSB
foi realizada mediante o ajuste de modelos polinomiais múltiplos para cada tratamento. Com base nas
medidas de precisão e nos resultados obtidos pode-se concluir que: 1) recomenda-se a utilização do modelo
UEQ = β
0 + β
1UR + β
2UR² + β
3UR³ + β
4Temp + ε para a estimativa indireta da umidade de equilíbrio dos
painéis OSB; 2) A temperatura apresenta influência linear na umidade de equilíbrio dos painéis, enquanto
que a umidade relativa do ar apresenta comportamento polinomial de terceira ordem, sendo que a umidade
relativa do ar influencia de forma mais pronunciada a umidade de equilíbrio dos painéis OSB do que a
temperatura ambiente; 3) Quanto ao efeito das variáveis de produção, a pressão de prensagem de 80 kgf/
cm² e o aumento da espessura das partículas
strand para 1,0 mm de espessura promoveu tendência de
reduções nos valores médios de umidade de equilíbrio dos painéis OSB. Já o aumento da densidade do
painel promoveu uma tendência de aumento da umidade de equilíbrio dos painéis OSB; e 4) O uso de
modelos polinomiais múltiplos permite que sejam produzidas curvas de nível para a obtenção dos valores
de umidade de equilíbrio dos painéis OSB em função da umidade relativa e da temperatura do local onde o
painel esta exposto, se destacando pela sua praticidade de utilização.