O objetivo deste trabalho foi estimar a biomassa e o carbono orgânico em plantios de
Araucaria angustifolia
com diferentes idades. Os plantios de
Araucaria angustifolia estudados não tiveram intervenções
silviculturais relacionadas à desrama, porém, em todos os povoamentos ocorreram práticas de desbaste
em diferentes épocas. Nos povoamentos com 32 e 31 anos de idade foram realizados três desbastes. Nos
plantios com 30, 29, 25, 24 e 23 anos foram realizados dois desbastes. A determinação de biomassa no campo
foi realizada de acordo com o método destrutivo de quantificação, utilizando-se para tanto a amostragem
de sete árvores distribuídas aleatoriamente pelo povoamento em cada uma das idades. Os indivíduos
foram abatidos, obtendo-se inicialmente as variáveis dendrométricas: DAP, altura total e altura comercial
(diâmetro mínimo de 8 cm). O plantio com 23 anos apresentou o maior volume de lenho do fuste (613,02
m³ ha
-1), superior aos plantios com 30, 31 e 32 anos (418,41; 520,21 e 518,48 m³ ha
-1), respectivamente.
Porém, em termos de biomassa do fuste os resultados foram próximos, sendo que o plantio com 23 anos
totalizou 138,02 Mg ha
-1 e os plantios com 30, 31 e 32 anos somaram 118,77; 128,97 e 155,01 Mg ha
-1,
respectivamente. Nos plantios de
Araucaria angustifolia o estoque total de biomassa e carbono orgânico
arbóreo nas diferentes idades consideradas variaram de 60,72 a 289,84 Mg ha
-1 e 21,73 a 123,86 Mg ha
-
1, respectivamente. Ficou evidente que a densidade de plantas e a intensidade de desbaste influenciaram
diretamente a biomassa e o carbono estocados.