Existem atualmente cinco principais processos de modificação térmica em operação na Europa, que
aumentam a estabilidade dimensional e a resistência da madeira à biodeterioração, porém, não são
eficientes contra o ataque de térmitas. Na verdade, existe pouca pesquisa a respeito do efeito da modificação
térmica da madeira na resistência à biodeterioração por térmitas, sejam subterrâneas ou de madeira
seca. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do processo brasileiro de modificação térmica VAP
HolzSysteme® na resistência da madeira de
Eucalyptus grandis
ao ataque de térmitas de madeira seca
Cryptotermes
sp. Para tanto, foram testados cinco tratamentos: madeira não tratada de eucalipto, madeira
de eucalipto modificada termicamente a três temperaturas finais (140, 160 e 180°C) e madeira de pinus
(controle). O ataque foi avaliado em termos de perda de massa, escore médio das notas do desgaste, número
de orifícios e mortalidade das térmitas, de acordo com o método proposto pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas de São Paulo. Semelhante aos processos europeus de modificação térmica, o processo brasileiro VAP HolzSysteme® também não foi eficaz para melhorar a resistência da madeira de eucalipto ao
ataque das térmitas de madeira seca, pelo menos nas condições avaliadas.