A recuperação do estrato herbáceo foi avaliada em áreas antropizadas de Caatinga protegidas de pastejo
e enriquecidas com árvores nativas, em Patos - PB, Brasil. Os tratamentos foram aleatorizados de acordo
com o delineamento em blocos casualizados com cinco tratamentos (Sem plantio –T
0– ou plantio puro de
Poincianella pyramidalis –T
1–,
Mimosa tenuiflora
–T
2– ou
Cnidoscolus quercifolius
–T
3– ou misto das três
espécies –T
4) e cinco repetições de parcelas quadradas de 144 m
2 com 36 mudas plantadas em covas no
espaçamento 2 m x 2 m e enriquecidas com esterco e fertilizantes. Os dados foram coletados de setembro
de 2008 a outubro de 2009. Após este período, ainda não havia regeneração arbórea natural, e as copas das
árvores recobriam de 15 a 49% do solo e não afetavam o crescimento e a composição da comunidade herbácea.
O estrato herbáceo recobria 16% e 100% do solo no início e final do período experimental, respectivamente,
o número das dicotiledôneas herbáceas aumentou de cinco, majoritariamente duas espécies de Sida, para 13
espécies, as monocotiledôneas eram representadas por apenas uma espécie
( Aristida
sp.), e a quantidade de
forragem herbácea atingiu 3 ton/ha (2:1, dicot:monocot). Parcelas adjacentes superpastejadas mantiveram
os baixos níveis de cobertura e composição da comunidade herbácea. O acesso controlado de herbívoros
por um ano permitiu o aumento da cobertura do solo e da diversidade de plantas em sítios degradados de
Caatinga nos quais mudas plantadas de espécies arbóreas se estabeleceram com sucesso. Esta prática de
manejo poderia ser implantada para evitar mais degradação ambiental e recuperar áreas degradadas.