Associações simbióticas de espécies arbóreas com fungos micorrízicos podem proporcionar o maior
crescimento e nutrição das mudas, sendo alternativas importantes para o estabelecimento no campo,
principalmente em áreas com restrições edáficas ou para espécies com alta exigência nutricional. No Brasil,
o cultivo de
Tectona grandis (teca) tem sido realizado em regiões do cerrado, em solos de baixa fertilidade.
O presente trabalho objetivou avaliar o efeito da inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs)
sobre o crescimento e nutrição mineral de mudas de teca. O experimento foi realizado em delineamento
em blocos casualizados (seis blocos), com quatro tratamentos: 1) Testemunha (sem inoculação de fungos
micorrízicos); 2) Inoculação com
Rhizophagus clarus
; 3) Inóculo de FMAs obtido de plantio de teca no
Mato Grosso (inóculo MT) com vinte anos; e 4) Inóculo de FMAs nativos de cava de extração de argila
de Campos dos Goytacazes (inóculo de Campos). As plântulas foram inoculadas e cultivadas em vasos de
6 dm
3, por 135 dias, e foram avaliadas quanto à altura e ao diâmetro da base do caule. Amostras de raízes
foram coletadas para avaliação da porcentagem de colonização com FMAs. As raízes e a parte aérea foram
secas, separadamente, em estufa de circulação forçada de ar (a 65
0C por 72 horas) e em seguida determinada
a massa seca e teores de P, K e S. A inoculação com fungos micorrízicos, principalmente o isolado de
Rhizophagus clarus e o inóculo de Campos, proporcionou maior crescimento e maior aquisição em relação
a K e S das mudas de teca. A inoculação com os fungos micorrízicos proporcionou maior eficiência de
utilização de nutrientes.