As áreas plantadas com nogueira-pecã
Carya illinoinensis (Wangenh.) K. Koch (Juglandaceae) vêm
crescendo em todo o Brasil, principalmente na região Sul. Com isso aumentam os riscos de incidência de
pragas e doenças. Assim, o presente estudo objetivou revisar aspectos importantes relacionados à cultura da
nogueira-pecã, com ênfase nas espécies-praga e espécies benéficas de artrópodes, relatadas na sua região
de origem e no Brasil. A partir do levantamento bibliográfico notam-se poucos registros de espécies-praga
nocivas à cultura, grande parte, 18 espécies, são registradas para o Rio Grande do Sul, constituindo-se como
uma ínfima parcela quando traçado um comparativo com as espécies já registradas e estudadas nos Estados
Unidos, país de origem da espécie
Carya illinoinensis, que soma mais de 66 espécies-praga, entre insetos
e ácaros. Dentre as espécies-praga que merecem destaque estão o pulgão
Monellia caryella
, as espécies de
filoxeras
Phylloxera devastatrix
e
Phylloxera notabilis
, pois são espécies que ocorrem tanto no Rio Grande
do Sul, quanto nas regiões de origem da nogueira-pecã, causando danos às folhas das plantas. Ao mesmo
tempo que se verifica uma alta diversidade de espécies-praga para a pecanicultura, é possível observar,
tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, uma gama de potenciais
predadores e parasitoides das espécies nocivas à
Carya illinoinensis. Portanto, sugere-se a utilização do
Manejo Integrado de Pragas, com estudos futuros que priorizem a manutenção de agentes de controle
biológico existentes nas áreas de plantio, buscando garantir nozes de qualidade e em quantidade satisfatória,
preservando a saúde do consumidor e do pomar.