Ilex paraguariensis
é uma espécie florestal que apresenta múltiplas potencialidades, sendo utilizada na
indústria alimentícia, farmacêutica e cosmética. Contudo, a propagação seminal da espécie é limitada
devido à baixa (inferior a 20%) e desuniforme germinação, além do longo período de estratificação das
sementes (de quatro a seis meses) necessário para a quebra da dormência embrionária. Diante do potencial
uso da miniestaquia como técnica alternativa para superar tais limitações, objetivou-se avaliar o efeito do
ácido indolbutírico (IBA) no enraizamento de miniestacas de erva-mate coletadas nas quatro épocas do ano
(de julho/2014 a maio/2015). As miniestacas foram confeccionadas com 6 cm (± 1 cm) de comprimento e
duas folhas reduzidas à metade e, a porção basal dos propágulos foi imersa durante 10 segundos em diferentes
soluções hidroalcoólicas de ácido indolbutírico (0, 2000, 4000, 6000 e 8000 mg L
-1). Após 90 dias
da permanência do material vegetal em casa de vegetação climatizada, foram avaliados: porcentagem de
enraizamento, número de raízes e comprimento médio das três maiores raízes/miniestaca, porcentagem de
calogênese, retenção foliar, brotações desenvolvidas e mortalidade. A primavera foi a época mais promissora,
proporcionando aproximadamente 70% de enraizamento e, aliada à aplicação de 8000 mg L
-1 de IBA,
as miniestacas atingiram o maior comprimento (4,3 cm) e número de raízes (9,1) bem como, a menor taxa
de calogênese (0%). A coleta das miniestacas na primavera e a aplicação de 8000 mg L
-1 de IBA é a mais
indicada para miniestaquia de erva-mate.