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Ciência Florestal
Centro de Pesquisas Florestais - CEPEF, Departamento de Ciências Florestais - DCFL, Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal - PPGEF
ISSN: 0103-9954 EISSN: 1980-5098
Vol. 19, Num. 1, 2009, pp. 69-81

Ciência Florestal, Vol. 19, No. 1, Jan-Mar, 2009, pp. 69-81

Estabelecimento De Mata Ciliar Às Margens Do Reservatório Da Usina Hidrelétrica De Camargos, MG

Establishment Of Riparian Forest At The Margins Of The Reservior Of The Camargos Hydroeletric Plant, Minas Gerais

Wendy Carniello Ferreira1, Soraya Alvarenga Botelho2, Antonio Claudio Davide3, José Márcio Rocha Faria4

1Engenheiro Agrônomo, MSc., Doutorando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 37, Campus Universitário, CEP 37200-000, Lavras (MG). wcferreira_4@hotmail.com
2 Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 37, Campus Universitário, CEP 37200-000, Lavras (MG). sbotelho@ufla.br
3 Engenheiro Agrônomo, Dr., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 37, Campus Universitário, CEP 37200-000, Lavras (MG). acdavide@ufla.br
4 Engenheiro Florestal, Ph.D., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 37, Campus Universitário, CEP 37200-000, Lavras (MG). jmfaria@ufla.br

Recebido para publicação em 3/07/2007 e aceito em 20/03/2009.

Code Number: cf09008

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo analisar o crescimento e o vigor de espécies arbóreas e arbustivas plantadas na margem do reservatório da UHE Camargos, em Minas Gerais, e verificar o processo de sucessão secundária em função da distância do reservatório e ao longo da área de plantio. Decorridos 150 meses, foi realizado o inventário das espécies arbóreas, medindo-se todos os indivíduos plantados e os provenientes de regeneração natural com DAP ≥ 5cm. Foram atribuídas notas que variaram de 1,0 a 5,0 para avaliação do vigor das árvores. Para o levantamento da regeneração natural, foram demarcados quatro transecções e estabelecidas três parcelas de 1 x 15 m em cada transecção, orientadas no sentido do declive. Os resultados mostram que algumas espécies pioneiras demonstram sinais de senescência após 13 anos de plantio. Foram identificadas na regeneração natural 55 espécies de 27 famílias. Espécies da família Asteraceae predominaram nas áreas mais alteradas, pois são adaptadas a essas condições. Houve predominância da dispersão zoocórica para as espécies regenerantes. Próximo ao reservatório, foram encontradas as maiores densidades de regeneração, enquanto a maior diversidade e altura média foi encontrada do lado da pastagem.

Palavras-chave: mata ciliar; recuperação de áreas degradadas; regeneração natural; silvicultura.

ABSTRACT

The object of this survey was to analyze the growth and vigor of arboreal and shrub species planted in a reservoir shore of the Camargos Hydroeletric Plant, in the state of Minas Gerais, and to verify the processes of natural regeneration in function of the reservoir distance and along the planted area. At 150 months, in the arboreal species inventory, all the planted and the natural regenerations with diameter at breast height ³ 5 cm were measured. Grades (1.0 to 5.0) were attributed for the evaluation of the tree vigor. For the natural regeneration survey, four transects were demarcated and three 1 x 15 m plots were established in each transect, following the slope. Results showed that some of the pioneer species displayed senescence signs after 13 years of planting. In the natural regeneration, 55 species of 27 families were identified. Species of the Asteraceae family predominated in the more disturbed areas, because they are adapted to these conditions. There was predominance in zoochoric dispersion among the regenerating species. The greater regeneration density was found near the reservoir, whereas the bigger diversity and average height were found in the opposite side of the planted area.

Keywords: riparian forest; land restoration; natural regeneration; silviculture.

INTRODUÇÃO

A instalação de comunidades florestais ciliares com espécies nativas em reflorestamento heterogêneo tem assumido um papel muito importante nas propostas de conservação da biodiversidade e no desenvolvimento sustentado nas regiões tropicais. A destruição de habitats por empreendimentos humanos, dentre os quais está a formação dos reservatórios de usinas hidrelétricas, tem propiciado, de acordo com Sinisgalli et al. (2006), o desaparecimento de muitas espécies vegetais e animais em níveis alarmantes.

O reflorestamento e a recuperação de áreas com ocorrência de distúrbios antrópicos têm sido muito estudados atualmente (VIEIRA e GANDOLFI, 2006; MELO e DURIGAN, 2007), e a sucessão secundária é o conceito mais utilizado nos modelos de regeneração artificial de florestas heterogêneas, ou seja, procura-se imitar o processo pelo qual as espécies se regeneram nas florestas naturais nos trópicos (WHITMORE, 1990). O entendimento de como as diferentes condições da floresta, desde as clareiras até a mata fechada, são ocupadas por diferentes grupos de espécies, pode orientar a forma como as espécies podem ser associadas.

Um dos maiores desafios na recomposição de matas ciliares está em encontrar técnicas adequadas de revegetação para uma determinada área e situação (RESENDE, 1998). Para isso, é necessário identificar as áreas que podem ser trabalhadas facilmente, as que podem ser melhoradas e, ainda, as que não apresentam aptidão para a formação de uma cobertura arbórea (DUTRA, 2005).

Segundo Davide et al. (1996), um aspecto fundamental para a instalação de reflorestamentos ciliares em reservatórios é a escolha das espécies adequadas. Deve-se considerar que as matas ciliares compreendem ambientes diferentes, variando desde sítios mésicos, sem influência de cheias, até áreas de depleção, onde as plantas ficam parcial ou totalmente submersas durante o período de cheia dos reservatórios. Além disso, com a elevação do nível do rio com a formação do reservatório, sítios, onde antes não existia mata ciliar, serão reflorestados. Portanto, a seleção adequada das espécies torna-se o ponto principal para o sucesso do plantio.

Os objetivos deste trabalho foram a análise do crescimento e do vigor de espécies arbóreas e arbustivas plantadas em margem de reservatório e a verificação da sucessão secundária, em função da distância do reservatório e ao longo da área de plantio.

MATERIAL E MÉTODO

Descrição da área

A área reflorestada se situa na propriedade de um produtor rural da região fisiográfica Campo das Vertentes e faz parte do Projeto Mata Ciliar, desenvolvido no âmbito do convênio CEMIG/UFLA/FAEPE. Esse reflorestamento se situa na faixa do entorno do Reservatório de Camargos, formado pelo represamento do Rio Grande, no município de Itutinga, (Entre 21°15’ e 21°50’ de latitude Sul e 44°15’ e 44°45’ de longitude Oeste), microrregião Campos da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais.

Anteriormente ao plantio, a área foi ocupada com cultivo agrícola por mais dez anos, alternando culturas de milho e feijão. No preparo do solo, realizado em novembro de 1992, para a instalação da mata ciliar, foi realizado apenas o sulcamento em nível. O plantio foi realizado em dezembro do mesmo ano, em uma faixa de 30 m de largura e comprimento de aproximadamente 200m (0,6 ha). As dimensões das covas foram de 30 x 30 x 30 cm. As mudas foram plantadas no espaçamento de 1,5 x 3,0 m e com distribuição em quincôncio. Foi efetuada uma adubação de plantio de 200 g de superfosfato simples por cova e adubação de cobertura de 15 g de cloreto de potássio + 60 g de sulfato de amônio sob a projeção da copa das plantas 60 dias após o plantio. Um replantio foi realizado em janeiro de 1993 (PEREIRA, 1996).

Método de amostragem

Em junho de 2005 (150 meses após o plantio), foi realizado o levantamento da área. O inventário das espécies arbóreas foi realizado por meio de censo, ou seja, foram medidos todos os indivíduos de todas as espécies arbóreas e arbustivas plantadas na área. Incluiram-se, no estrato arbóreo, todos os indivíduos regenerantes com DAP (diâmetro a altura do peito) maior ou igual a 5 cm. A altura foi estimada e o DAP medido com o auxilio de uma fita métrica. Foi avaliado o vigor das espécies plantadas mediante atribuição de notas que variaram de 1,0 a 5,0 conforme a Tabela 1.

TABELA 1: Notas para avaliação do vigor das árvores com as respectivas características.
TABLE 1: Grades for evaluation of the tree vigor with the respective characteristics.

Nota

Característica da planta

5,0

Planta vigorosa com copa perfeita.

4,0

Planta vigorosa com poucos galhos mortos.

3,0

Planta com metade dos galhos mortos.

2,0

Planta senescente com poucos galhos vivos.

1,0

Planta senescente com poucas folhas.

Para o levantamento da regeneração natural das espécies arbustivo-arbóreas, foram demarcadas quatro transecções e estabelecidas três parcelas de 15 m² (1 x 15 m) em cada transecção, num total de 12 parcelas, orientadas no sentido da declividade (Figura 1). Nas parcelas de 15 m², todos os indivíduos da regeneração natural com altura maior ou igual a 10cm e DAP menor que 5 cm foram identificados e medidos na altura e no diâmetro ao nível do solo (DAS). A regeneração na borda do povoamento foi avaliada na extremidade de cada transecção, medindo-se a projeção da copa das árvores sobre a pastagem e quanto a regeneração avançou sob as copas.

Todas as espécies não identificadas no local foram coletadas e herborizadas para posterior identificação no Herbário da Universidade Federal de Lavras (Herbário ESAL).

Foi realizada uma análise química do solo, com uma amostra por transecção, na camada de 0-20 cm de profundidade, seguindo-se a metodologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA (1997).

Tomando por base dos dados coletados, foram calculados a altura média, o DAP médio e a nota média para cada espécie do estrato arbóreo. Para a regeneração natural, estimaram-se o índice de diversidade de Shannon-Wiener (H'), os parâmetros de densidade, dominância, frequências absolutas e relativas, e o valor de importância (VI).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Resultado das análises de solo

Analisando-se os resultados apresentados na Tabela 2, observa-se que existe uma grande homogeneidade das características do solo da área de estudo. De modo geral, o solo apresenta acidez média e baixos níveis de P, K, Ca e Mg, segundo Alvarez Venegas et al. (1999). Em relação à matéria orgânica, a transecção 4 apresenta um maior teor, provavelmente por se tratar de um local pouco perturbado, com menor alteração do solo pelo pisoteio do gado, menor frequência de formigueiros, maior deposição de serapilheira e maior sombreamento. Os maiores valores de T e saturação por bases também são encontrados nessa transecção.

Quando os resultados da análise química e de matéria orgânica do solo (Tabela 2) foram comparados com os encontrados na avaliação realizada na ocasião do plantio, verificou-se que os níveis de P, K, Ca e Mg, o valor de T, a soma de bases e a saturação por bases diminuíram e os valores da acidez trocável (Al) e da acidez potencial (H+Al) e matéria orgânica aumentaram. O valor do pH foi semelhante ao da época do plantio. Os maiores níveis de nutrientes encontrados na ocasião do plantio devem-se, provavelmente, ao acúmulo de fertilizantes do cultivo agrícola a que a área foi submetida anteriormente ao plantio das espécies arbustivo-arbóreas. O aumento no teor de matéria orgânica pode ter sido propiciado pela deposição de serrapilheira proveniente das árvores do plantio de recuperação.

TABELA 2: Valores de pH, complexo sortivo, S, T e V% e conteúdo de matéria orgânica do solo, na profundidade de 0 a 20 cm, para as quatro transecções amostradas.

TABLE 2: Results of the soil analysis, at the deep of 0 to 20 cm, for the four sampled transects.

Transecção/

época

pH

P

K

Ca2+

Mg2+

Al3+

H+Al

SB

T

V

MO

H2O

-mg/dm³-

Cmolc/dm³

%

Dag/kg

T1

5,0

0,6

30

0,7

0,2

0,7

3,2

1,0

4,2

23,4

3,4

T2

5,2

0,6

28

0,7

0,2

0,6

3,2

1,0

4,2

23,3

3,7

T3

5,4

0,6

25

0,8

0,2

0,6

2,9

1,1

4,0

26,8

3,7

T4

5,4

0,6

34

0,9

0,2

0,6

3,2

1,4

4,6

30,3

4,3

OP

5,4

2,0

40

1,2

0,9

0,1

4,3

2,2

6,4

34,0

3,3

Em que:  SB =  soma  de  bases  trocáveis; T = capacidade de  troca  catiônica  a  pH  7,0;  V = saturação  por  bases; MO = matéria orgânica; OP = ocasião do plantio.

Crescimento das espécies do estrato arbóreo

Vigor das árvores

A Tabela 3 mostra as notas atribuídas às espécies plantadas, indicando o vigor destas. As espécies Syagrus romanzoffiana, Calophyllum brasiliense e Inga vera apresentaram apenas um indivíduo. Excetuando-se essas três, verifica-se que dentre as espécies que apresentam as dez maiores médias, sete são espécies pioneiras e três são clímax.

TABELA 3: Grupo ecológico, altura média, DAP médio e vigor (nota média) das espécies do estrato arbóreo em área perturbada no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica de Camargos aos 150 meses.
TABLE 3: Ecological group, average height, average DBH and average grade of the tree stratum species at the disturbed area at the margins of the reservoir of the Camargos Hydroeletric Plant at the 150 months of age.

Espécie

Grupo ecológico

hm (m)

DAPm (cm)

Vnt

Acacia mangium Willd.

P

13,1

37,9

2,6

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr.

P

12,1

21,9

4,7

Mimosa scabrella Benth.

P

11,1

18,6

4,4

Croton floribundus Spreng.

P

10,2

16,7

3,4

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

P

9,9

16,2

4,5

Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong.

CL

9,8

20,6

3,3

Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.

CL

8,7

13,8

3,6

Senna macranthera (DC. et Collad.) H.S. Irwin et Barneby

P

8,6

13,0

3,3

Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin et Barneby

P

8,5

13,1

2,5

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman

CL

8,0

18,1

5,0

Trema micrantha (L.) Blume

P

7,2

19,7

1,8

Cecropia pachystachya Trécul

P

7,0

9,2

4,0

Tapirira guianensis Aubl.

P

7,0

12,1

4,5

Erythrina falcata Benth

CL

6,0

9,0

2,6

Solanum granuloso-leprosum Dunal.

P

6,0

7,6

1,0

Espécie

Grupo ecológico

hm (m)

DAPm (cm)

Vnt

Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl.

CL

6,0

5,7

4,0

Zanthoxylum rhoifolium Lam.*

CL

6,0

5,9

-

Lithraea molleoides (Vell.) Engl.

P

5,9

9,5

4,4

Calophyllum brasiliense Cambess.

CS

5,7

13,8

5,0

Persea pyrifolia (D.Don)Spreng.

CL

5,4

8,5

4,5

Lafoensia pacari A. St.-Hil.

CL

5,3

7,6

4,4

Matayba elaeagnoides Radlk.*

CL

5,3

7,1

-

Aegiphila sellowiana Cham.*

P

5,0

6,1

-

Inga vera Willd. subsp. affinis (DC.) T.D. Penn.

CL

5,0

16,2

5,0

Myrcia tomentosa (Aubl.) DC.*

CL

5,0

5,7

-

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult.

P

5,0

5,0

4,6

Cedrela fissilis Vell.

CL

4,7

8,0

3,0

Ceiba speciosa (A. St-Hil.) Ravenna

CL

4,7

9,6

2,0

Hymenaea courbaril L.

CL

4,7

5,4

3,5

Joannesia princeps Vell.

CL

4,5

7,4

3,9

Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A.DC.) Standl.

CL

4,4

5,3

3,0

Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling*

CL

4,3

5,9

-

Rollinia laurifolia Schdtl.*

CL

4,3

5,4

-

Symplocos pubescens Klotzsch ex Benth.*

CL

4,3

5,3

-

Syzygium jambolanum (Lam.) DC.

CL

4,3

7,2

2,8

Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nichols.

CS

4,3

3,2

1,0

Myrcia velutina O.Berg.*

CS

4,2

7,3

-

Schinus terebinthifolia Raddi

P

4,2

5,7

3,4

Jacaranda mimosifolia D. Don.

CL

4,1

4,2

2,1

Platycyamus regnellii Benth.

CL

4,0

5,4

4,0

Copaifera langsdorffii Desf.

CS

3,9

3,9

3,4

Tipuana tipu (Benth.) Kuntze

CL

3,9

4,3

1,9

Caesalpinia ferrea Mart.

CL

3,8

4,8

2,6

Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.

CS

3,8

4,1

2,7

Psidium guajava L.

CL

3,8

5,1

4,0

Lafoensia glyptocarpa Koehne

CS

3,6

5,0

4,2

Machaerium villosum Mart.

CL

3,5

5,2

2,5

Sebastiania schottiana (Müll.Arg.)Müll.Arg.

P

3,4

8,5

4,0

Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith

CL

3,2

3,9

2,3

Aspidosperma polyneuron Müll. Arg.

CL

3,1

2,6

4,0

Vernonia polyanthes Less.*

P

3,0

5,7

-

Sapindus saponaria L.

CS

2,5

2,1

2,5

Em que: hm = altura média; DAPm = dap médio; Vt =  vigor (nota média); * = espécies provenientes de regeneração natural.

Entre as dez espécies com maior vigor, observou-se que Persea pyrifolia, Lafoensia glyptocarpa, Tabebuia impetiginosa, Psidium guajava e Joannesia princeps eram restritas ao sub-bosque, enquanto que os indivíduos das outras quatro espécies restantes foram encontrados em sua maioria no dossel do povoamento, o que confirma sua classificação nos grupos ecológicos indicados, especialmente em relação ao ritmo de crescimento.

Com relação às dez espécies com menor vigor, apenas Trema micrantha e Erythrina falcata foram encontradas predominantemente no dossel. Trema micrantha e Solanum granuloso-leprosum apresentaram sinais avançados de senescência, com grande parte dos galhos mortos. Foi observado que a copa dos indivíduos dessas espécies era muito rala, provavelmente pela grande desfolha promovida pelas formigas cortadeiras, embora a maioria das folhas cortadas por elas era de Acacia mangium. Essa espécie também apresentou, de modo geral na área, claros sinais de senescência, indicando seu declínio. Tal comportamento também foi observado, e com maior intensidade, em outra área próxima, plantada na mesma época em solo com menor fertilidade natural e com presença de compactação. Esses sinais de senescência, relacionados à copa e também ao tronco, com perda de casca, dentre outros, indicam que as espécies pioneiras Trema micrantha, Senna multijuga e Solanum granuloso-leprosum se encontram no final de seu ciclo de vida aos 150 meses, aproximadamente 13 anos, na área estudada. Carvalho (1994) afirma que essas espécies possuem longevidade moderada, indicando um ciclo de vida de, no máximo, 15 anos para Trema micrantha.

Crescimento em altura e diâmetro

As médias de altura e diâmetro das espécies avaliadas aos 150 meses são apresentadas na Tabela 3. Zanthoxylum rhoifolium, Matayba elaeagnoides, Aegiphila sellowiana, Myrcia tomentosa, Daphnopsis fasciculata, Rollinia laurifolia, Symplocos pubescens, Myrcia velutina e Vernonia polyanthes são espécies que não foram plantadas, mas apresentaram alguns indivíduos regenerados com DAP ≥ 5 cm e foram, portanto, incluídos no estrato arbóreo. Pelo crescimento apresentado, essas espécies podem ser selecionadas para plantios em áreas que apresentem as mesmas condições edafoclimáticas.

Verificou-se que sete das espécies que apresentaram os dez maiores DAP médios e oito das que exibiram as dez maiores alturas médias pertencem à família Fabaceae, apesar de apenas 37% das espécies plantadas pertencerem a essa família. Isso reforça a tese de que espécies dessa família são fundamentais para a recuperação de áreas degradadas, pois apresentam rápido crescimento em ambientes adversos em razão, sobretudo, da capacidade de se associarem a fungos micorrízicos e bactérias do gênero Rhizobium (FRANCO et al., 1992; CHADA et al., 2004; JESUS et al., 2005).

As espécies Enterolobium contortisiliquum, Syagrus romanzoffiana e Peltophorum dubium, mesmo sendo classificadas como espécies clímax exigentes de luz, apresentaram um crescimento maior que várias espécies pioneiras.

Regeneração natural

Composição florística

Na área estudada, sob o povoamento instalado, foram identificados 635 indivíduos               arbustivo-arbóreos regenerantes pertencentes a 55 espécies e 27 famílias. As dez famílias que apresentaram o maior número de indivíduos, representando 90,24% do total de indivíduos regenerantes e as que mais contribuíram para a riqueza florística de espécies, representando 61,82% do total de espécies, são mostradas na Figura 2.

Assim como ocorreu nesta área, vários levantamentos realizados na região do Alto Rio Grande (DAVIDE et al., 2003; PEREIRA, 2003; PINTO, 2003; ALVARENGA, 2004 e SOUSA JÚNIOR, 2005) também verificaram que a família Myrtaceae foi a que mais se destacou em riqueza de espécies.

Davide et al. (2003) e Sousa Júnior (2005) também encontraram um maior número de indivíduos para a família Asteraceae na faixa de entorno dos reservatórios da UHE Funil e UHE Camargos, respectivamente, ambas localizadas no Alto Rio Grande. Esse último autor afirma que essa família que é representada em sua maioria por espécies de porte arbustivo, é muito comum em ambientes alterados.

A família Styracaceae se destacou em número de indivíduos, porém, todos pertencem à mesma espécie (Styrax ferrugineus). Além desta, mais 12 famílias apresentaram apenas uma espécie.

Das 55 espécies encontradas em regeneração (Tabela 4), 17 são do estrato arbóreo que foram plantadas no processo de recuperação. As outras 38 espécies, ou seja, 70% são originárias de propágulos vindos de fora da área reflorestada.

TABELA 4: Relação das espécies encontradas na regeneração natural da área perturbada em recuperação no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica de Camargos, seguido de presença ou não dessas espécies no plantio e síndrome de dispersão.
TABLE 4: Species naturally regenerating in the planted area in process of restoration at the margins of the reservoir of the Camargos Hydroelectric Plant, indication of the planting of the same species, and dispersal syndrome.

Família/Espécie

Presença da espécie no plantio

Síndrome de dispersão
Anacardiaceae

 

 

Lithraea molleoides (Vell.) Engl.

X

ZOO

Schinus terebinthifolia Raddi

X

ZOO

Tapirira guianensis Aubl.

X

ZOO

Tapirira obtusa (Benth.) J.D. Mitch.

-

ZOO

Annonaceae

 

 

Rollinia laurifoliaSchdtl.

-

ZOO

Asteraceae

 

 

Baccharis dracunculifolia DC.

-

ANEMO

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera

-

ANEMO

Vernonia polyanthes Less.

-

ANEMO

Bignoniaceae

 

 

Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.) Standl.

X

ANEMO

Clusiaceae

 

 

Calophyllum brasiliense Cambess.

X

HIDRO/ZOO

Erythroxylaceae

 

 

Erythroxylum deciduum A.St.-Hil.

-

ZOO

Erythroxylum pelleterianum A.St.-Hil.

-

ZOO

Euphorbiaceae

 

 

Croton floribundus Spreng.

X

AUTO

Sebastiania schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg.

X

AUTO

Fabaceae/Caesalpionideae

 

 

Copaifera langsdorffii Desf.

X

ZOO

Senna macranthera (DC. et Collad.) H.S. Irwin et Barneby

X

AUTO

Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin et Barneby

X

AUTO

Família/Espécie

Presença da espécie no plantio

Síndrome de dispersão
Fabaceae/Mimosoideae

 

 

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

X

ANEMO

Mimosa scabrella Benth.

X

AUTO

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr.

X

ANEMO

Lacistemataceae

 

 

Lacistema hasslerianum Chodat

-

ZOO

Lauraceae

 

 

Nectandra nitidula Nees. & Mart.

-

ZOO

Nectandra oppositifolia Nees. & Mart.

-

ZOO

Ocotea pulchella (Nees) Mez

-

ZOO

Persea pyrifolia (D.Don) Spreng.

X

ZOO

Lythraceae

 

 

Lafoensia pacari A.St.-Hil.

-

ANEMO

Melastomataceae

 

 

Miconia chartacea Triana (sl).

-

ZOO

Miconia pepericarpa Mart. Ex DC.

-

ZOO

Miconia tristis Spring

-

ZOO

Tibouchina ursina (Cham.) Cogn.

-

ANEMO

Myrsinaceae

 

 

Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult.

X

ZOO

Myrsine umbellata Mart.

-

ZOO

Myrtaceae

 

 

Eugenia florida DC.

-

ZOO

Gomidesia eriocalyx O.Berg

-

ZOO

Gomidesia gardneriana O.Berg

-

ZOO

Myrcia tomentosa (Aubl.) DC.

-

ZOO

Myrcia velutina O.Berg

-

ZOO

Psidium firmum O.Berg

-

ZOO

Piperaceae

 

 

Piper aduncum L.

-

ZOO

Rubiaceae

 

 

Alibertia concolor (Cham.) K.Schum.

-

ZOO

Psychotria tristicula Standl.

-

ZOO

Rudgea viburnoides (Cham.) Benth.

-

ZOO

Rutaceae

 

 

Zanthoxylum rhoifolium Lam.

-

ZOO

Salicaceae

 

 

Casearia decandra Jacq.

-

ZOO

Sapindaceae

 

 

Cupania vernalis Cambess.

-

ZOO

Matayba elaeagnoides Radlk.

-

ZOO

Família/Espécie

Presença da espécie no plantio

Síndrome de dispersão
Sapotaceae

 

 

Chrysophyllum marginatum (Hook. et Arn.) Radlk.

-

ZOO

Siparunaceae

 

 

Siparuna apiosyce (Mart. ex Tul.)ª DC.

-

ZOO

Siparuna guianensis Aubl.

-

ZOO

Solanaceae

 

 

Solanum granuloso-leprosum Dunal

X

ZOO

Solanum lycocarpum A.St.-Hil.

-

ZOO

Styracaceae

 

 

Styrax ferrugineus Nees & Mart.

-

ZOO

Symplocaceae

 

 

Symplocos pubescens Klotzsch ex Benth.

-

ZOO

Urticaceae

 

 

Cecropia pachystachya Trécul

X

ZOO

Verbenaceae

 

 

Aegiphila sellowianaCham.

-

ZOO

Em que: ZOO = espécies zoocóricas ou dispersas por animais; ANEMO = anemocóricas ou dispersas pelo vento; AUTO = autocóricas ou dispersas por estratégias da própria planta; HIDRO = hidrocóricas ou dispersas pela água.

Das espécies regenerantes, 76% possuem síndrome de dispersão zoocórica, 15% anemocórica e 9% autocórica. Dentre as espécies que não possuem indivíduos adultos plantados no estrato arbóreo, 87% são zoocóricas e 5% anemocóricas, confirmando a importância da fauna na dispersão de sementes em florestas tropicais.

Segundo Carmo e Morellato (2001), em florestas semidecíduas, a proporção de espécies zoocóricas é próxima de 60%, em matas ciliares é próxima de 75% e em florestas ombrófilas é próxima de 90%. É interessante notar que apesar de não ser originalmente um local onde existia mata ciliar, a área estudada apresentou uma proporção de espécies zoocóricas próxima do que é originalmente encontrado em matas ciliares. Além disso, nas espécies que não apresentam indivíduos arbóreos plantados, a proporção de zoocoria é próxima do que é encontrado em florestas ombrófilas.

Com relação às espécies que apresentaram os dez maiores VI (Tabela 5), seis apresentam síndrome de dispersão zoocórica, duas anemocórica e duas autocórica. Os grandes valores de VI apresentados pelas espécies Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia, são sinais de distúrbios dentro do povoamento, pois estas são espécies típicas de áreas abertas.

Observa-se que Lithraea molleoides é a espécie de porte arbóreo com o maior VI, confirmando o que tem sido observado em várias áreas perturbadas na região, onde esta espécie se destaca como uma das mais importantes na colonização pela regeneração natural.

O Índice de Diversidade de Shannon (H’) calculado para a regeneração natural foi de 3,12. Esse valor foi maior do que os valores encontrados em alguns outros estudos. Nappo et al. (2004) que encontrou um H’ de 2,98 para a regeneração em um sub-bosque de Mimosa scabrella em área minerada aos 216 meses de idade, Araújo et al. (2006) encontraram um H’ de 2,75 em uma área minerada aos 240 meses e Motta (2003) encontrou valores de H’ para a regeneração natural em povoamentos puros de Pinus e Eucalyptus variando entre 1,89 a 2,80. Verifica-se, portanto, nessa área uma diversidade maior, apesar de não haver fragmentos significativos próximos.

Com relação à regeneração na borda do povoamento, foi verificado que, de modo geral, a regeneração avançou até metade da projeção das copas sobre a pastagem. Os indivíduos que predominaram na borda foram das espécies Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia.

TABELA 5: Espécies regenerantes que apresentaram os dez maiores VI.
TABLE 5: Species of the natural regeneration that showed the ten greatest IV.

Espécie

VI

Vernonia polyanthes

21,41

Lithraea molleoides

15,20

Baccharis dracunculifolia

14,90

Styrax ferrugineus

13,80

Tapirira guianensis

11,33

Myrcia velutina

10,63

Senna macranthera

7,44

Senna multijuga

7,11

Myrsine umbellata

6,80

Miconia chartacea

6,43

Regeneração em função da distância do reservatório e entre as transecções

Na área de estudo, próximo às primeiras transecções (sobretudo a transecção 1), o gado transita com frequência para beber água no reservatório. Pode-se verificar na Tabela 5 que na transecção 1 a soma do VI das espécies Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia é de 68,96. Já na transecção 4, que quase não apresenta sinais da presença do gado, a soma do VI dessas espécies é de 20,84. O fato de tais espécies serem características de ambientes que são submetidos a distúrbios freqüentes explica, portanto, a diminuição do VI destas da transecção 1 para a transecção 4 (Tabela 6).

TABELA 6: Espécies que apresentaram os cinco maiores VI em cada transecção.
TABLE 6: Species that showed the five greatest IV in each transect.

Transecção Espécie VI
1 Vernonia polyanthes 37,20
Baccharis dracunculifolia 31,76
Tapirira guianensis 19,36
Lithraea molleoides 17,19
Senna multijuga 16,10
2 Lithraea molleoides 25,92
Vernonia polyanthes 19,94
Baccharis dracunculifolia 16,18
Sebastiania schottiana 14,43
Myrsine umbellata 12,77
3 Vernonia polyanthes 23,05
Styrax ferrugineus 17,82
Myrcia velutina 17,08
Baccharis dracunculifolia 13,62
Copaifera langsdorffii 11,11
4 Styrax ferrugineus 24,82
Senna macranthera 18,69
Vernonia polyanthes 14,10
Myrcia velutina 10,53
Tapirira guianensis 9,00

Avaliando-se a diversidade, a densidade e a altura dos indivíduos regenerantes, em função da distância em relação ao reservatório, observa-se que, na média, as parcelas adjacentes ao reservatório apresentaram as menores diversidade e altura, e a maior densidade (Figura 3).

Avaliando a regeneração natural em matas ciliares em função da margem do reservatório da UHE Furnas, no Rio Grande, Campos e Landgraf (2001) também encontraram uma menor altura nas parcelas mais próximas do reservatório, contudo foi verificada uma menor densidade nestas parcelas. Essa diferença na densidade encontrada por tais autores e a verificada no presente trabalho, pode ter sido causada pelo gado que prejudica mais a regeneração que está próxima da pastagem, do lado oposto do reservatório.

A altura, diversidade e densidade da regeneração entre as transecções são mostradas na Figura 4. Nota-se que os menores valores para as três variáveis foram encontrados na transecção 1, mesmo que, para a densidade, não seja observado um efeito significativo de aumento dessa variável à medida que se distancia do local onde ocorrem mais distúrbios. É justamente próximo a essa transecção que existe uma grande quantidade de formigueiros e onde o gado transita com maior intensidade para ter acesso à água do reservatório. Esses fatores foram, provavelmente, os responsáveis por esses valores menores.

Algumas suposições poderiam explicar as maiores diversidades encontradas nas duas últimas transecções. As transecções 1 e 2 são submetidas a maiores distúrbios e possuem um grande número de indivíduos de Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia, que são adaptados a essas condições, diminuindo, assim, a diversidade de espécies. Aliado a este fato, as últimas transecções estão mais próximas a uma faixa estreita de vegetação de porte arbóreo e que poderia fornecer propágulos de um maior número de espécies, resultando em uma diversidade maior.

CONCLUSÕES

As espécies pioneiras Solanum granuloso-leprosum, Trema micrantha, Senna multijuga e Acacia mangium, utilizadas como sombreadoras no modelo de plantio em quincôncio baseado na sucessão secundária, demonstram após aproximadamente 13 anos sinais de senescência, indicando seu ciclo de vida curto.

Piptadenia gonoacantha, Anadenanthera colubrina, Peltophorum dubium e Enterolobium contortisiliquum se destacaram pelo seu porte e vigor na área perturbada.

A regeneração natural foi afetada pelo pisoteio do gado e pelo ataque de formigas. Nos locais onde esses distúrbios ocorreram com maior intensidade, houve predominância das espécies Vernonia polyanthes e Baccharis dracunculifolia, que são adaptadas a ambientes perturbados.

A grande diversidade da regeneração natural na área em recuperação, apresentando na sua composição 70% de espécies que não foram introduzidas no plantio, evidencia a capacidade das espécies arbóreas utilizadas no modelo de recuperação adotado em atrair a fauna dispersora de sementes e desencadear a sucessão secundária.

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