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Archivos Latinoamericanos de Produccion Animal
Asociacion Latinoamericana de Produccion Animal
ISSN: 1022-1301 EISSN: 2075-8359
Vol. 15, Num. 4, 2007, pp. 141-151

Archivos Latinoamericanos de Producción Animal, Vol. 15, No. 4, 2007, pp. 141-151

Alimentos alternativos na dieta dos ovinos

Foods alternative in diet of sheep

H. Nunes1, A. de M. Zanine, T. M. M. Machado e F. C. de Carvalho

Escola de Zootecnia, Universidade Federal de Viçosa, Av. Olívia de Castro n. 45, Clélia Bernardes, Viçosa – MG 36570-000 Brasil
1 Autor para la correspondencia, e-mail: parentezootecnista@yahoo.com.br

Recibido Agosto 27, 2006. Aceptado Mayo 23, 2007.

Code Number: la07021

ABSTRACT

The production cost is, currently, one of the factors more militants for the supplementation of sheep confinement in Brazil, for that, the need of use of alternative foods exists, objecting at to minimize production costs and to maximize the production of meats. Before to that reality, the use of alternative foods, mainly the agriculture-industrial residues present favorable nutritional characteristics to the animal feeding and finally a socioeconomic and environmental destiny interesting for the thousands of tons of those residues.

Key words: animal nutrition, bagasse, fruits, residues.

RESUMO

O custo de produção é, atualmente, um dos fatores mais limitantes para a suplementação ou confinamento de ovinos no Brasil, por isso, existe a necessidade de utilização de alimentos alternativos, objetivando minimizar custos de produção e maximizar a produção de carnes. Diante dessa realidade, a utilização de alimentos alternativos, principalmente os resíduos agro-industriais apresentam características nutricionais favoráveis à alimentação animal, além de um destino socioeconômico e ambiental interessante para as milhares de toneladas desses resíduos.

Palavras-chave: bagaço, frutas, nutrição animal, resíduos.

Introdução

No mercado da carne as perspectivas são excelentes para a ovinocultura, tanto para o mercado interno, como para o externo. No Brasil, o consumo per capita não atinge 2,0 kg/habitante/ano, enquanto que em países como Austrália atinge 20 kg/habitante/ ano (Silva et al., 2000). Apesar deste potencial, ainda existe uma baixa oferta de produtos cárneos ovinos aliada à falta de uma infra-estrutura sólida de comercialização.

O Brasil possui um expressivo rebanho de ovinos, ocupando a 12a colocação mundial em números de animais, sendo que deste rebanho 48% encontra-se na região Nordeste (Anualpec, 2005). Destaca-se nessa região um sistema de produção extensivo com predomínio de baixos índices zootécnicos, abate de animais tardios, qualidade de carne incompatível com a demanda e irregularidade de oferta.

O modo de criação extensiva dos rebanhos ovinos brasileiros geralmente subsiste sob condições muito aquém daquelas requeridas para uma adequada exploração racional. Dentro deste universo, é preciso verticalizar a produção, trazer uma maior tecnificação e competitividade aos criatórios para o atendimento das exigências quantitativas e qualitativas do mercado, aliado a resultados lucrativos.

A ovinocultura no Nordeste brasileiro, em particular, sempre foi uma atividade de grande relevância econômica e social, por suprir de carne a preços mais acessíveis às populações rurais e das periferias das grandes cidades. Apesar disso, esta atividade é caracterizada como de baixo rendimento, devidoà predominância do tipo de exploração extensiva na maioria dos criatórios, a qual sofre grande influência das condições climáticas (Vasconcelos et al., 2002).

A presença de duas estações climáticas definidas, com um período seco e outro chuvoso, pastagens degradadas, não separação de animais jovens das demais categorias do rebanho, redução significativa na capacidade de suporte da vegetação nativa e na qualidade da forragem disponível especialmente no período seco, levam a uma situação de baixa produtividade, lento desenvolvimento ponderal das crias, elevada taxa de mortalidade de animais jovens e idade tardia ao abate. Isso acarreta uma baixa disponibilidade de animais destinados ao abate, particularmente no período de estiagem.

Apesar das limitações climáticas serem uma realidade incontestável, principalmente as baixas precipitações pluviais, a irrigação tem proporcionado novas oportunidades de produção e geração de emprego e renda para a região. Dentre as atividades de destaque está a fruticultura irrigada, que tem apresentado crescimento vertiginoso nos últimos anos. Com a evolução da atividade e a diversificação dos mercados, o foco principal deixou de ser a exportação de frutas in natura, existindo um forte incentivo no sentido de se proceder o processamento de frutas com vistas à agregação de valor.

Em resposta a esse incentivo, o número de agroindústrias instaladas na região tem aumentado significativamente, incrementando a produção de resíduos agroindustriais que podem ser aproveitados na dieta animal, particularmente de ruminantes, tornandose importante fator de redução nos custos de produção. Uma possível utilização desses subprodutos é na alimentação de ovinos confinados ou semi-confinados.

No Nordeste semi-árido, o confinamento de cordeiros é uma prática que já vem sendo bastante demandada, em virtude da prolongada estação seca que ocorre na região o que provoca grandes reduções na disponibilidade de forragem, no pasto, tanto no aspecto quantitativo como no qualitativo. Nestas condições pode haver desde a simples redução na taxa de crescimento dos animais até perda de peso, sem falar no aspecto econômico, importante na tomada de decisão quanto ao uso do confinamento.

O aproveitamento de subprodutos do processamento de frutas (polpa cítrica, semente de maracujá, pendúculo de caju, etc...) além de produtos alternativos baratos e de fácil acesso na região como o milheto, sorgo forrageiro, leguminosas (principalmente as nativas), bagaço de cana-de-açúcar, casca de café, resíduo de arroz, palhadas, resíduo de panificação de biscoitos, uréia, tem suprido as necessidades animais e auxiliado os produtores na alimentação de seus rebanhos. Embora, seja notória a necessidade de mais estudos para se indicar o valor nutricional de cada resíduo, fatores antinutricionais, bem como a sua proporção na dieta.

Face às considerações feitas, o escopo desta revisão será abordar a importância da utilização de alimentos alternativos na dieta dos ovinos.

Alguns alimentos alternativos nas dietas de ovinos.

Resíduo de caju

No Brasil, a atividade da agroindústria encontrase principalmente na região Nordeste, envolvendo os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, onde esta atividade possui elevada importância econômico-social (Paula Pessoa et al., 1995). O Brasil destaca-se como o terceiro produtor mundial.

O cajueiro (Anacardium occidentale) é originário do continente americano e ocupa lugar de destaque entre as plantas frutíferas tropicais, em face da crescente comercialização da amêndoa e do líquido de castanha de caju (Lavezzo, 1995). O bagaço, após a extração do suco, pode ser usado na alimentação animal. Com

  1. o desenvolvimento de tecnologias para os segmentos de produção e industrialização do sistema agroindustrial do caju, o cajueiro tem elevado sua produtividade por área, o número de meses de oferta para o mercado, expandido suas fronteiras de plantio e induzido um aumento de pequenas e médias agroindústrias de amêndoa, suco e polpa, principalmente na Região Nordeste. O Ceará destaca-se como
  2. o principal estado produtor do Nordeste, dos 668,1 hectares de área colhida de castanha na região em 2003, 205,3 hectares, foi proveniente deste estado (Agrianual, 2004).

No Quadro 1 podem ser observados as estimativas de área plantada e a produção em toneladas, de pedúnculo de caju na região nordeste do Brasil.

O farelo de castanha de caju apresenta valor nutricional satisfatório, podendo ser perfeitamente utilizado nas dietas para ruminantes. NEIVA et al., (2002) relata valores para este subproduto de 91,0% MS; 22,1% PB; 35,8% EE; 18,76% FDN e 6,9% de Cinza.

Do pseudofruto do caju, em média, 81% são representados pelo suco e o restante pelo bagaço úmido. O consumo pelos animais pode ser feito de forma in natura, porém não deve ser administrado puro, pois é deficiente em cálcio (0,059%), fósforo (0,037%) e cobre (0,87ppm) (Holanda et al.,1996). O produto final, após secagem, apresenta maior conteúdo protéico que o caju fresco e maduro, com determinação de até 14,8% de proteína bruta (Fonseca Filho, 1983).

Neiva et al., (2001), avaliando a adição de bagaço de caju na ensilagem de capim-elefante, observaram aumento nos teores de proteína bruta, à medida que foi adicionado o subproduto do caju, e decréscimo nos teores de fibra em detergente neutro e de fibra em detergente ácido. Para os valores de pH, observaram média de 3,9 e concluíram que a adição do subproduto do caju proporcionou melhora na conservação e no valor nutritivo das silagens de capim-elefante, pois houve elevação nos teores de proteína bruta e diminuição nos teores de fibra em detergente neutro e de fibra em detergente ácido.

Quadro 1. Estimativas da área plantada (em 1000 hectares) de cajueiros e produção (em toneladas) de pedúnculo de caju na região nordeste do Brasil em 2004.

Área plantada Produção
Estado (em 1000 ha) (Toneladas/ha)
Maranhão 1427213 46,3
Piauí 13571149 239,3
Ceará 2768362 73,6
R.G. do Norte 902112 405,0
Pernambuco 11826 70,3
Bahia 1072119 52,6
Nordeste 43416670 2809,6

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. IBGE, 2004.

Ferreira et al., (2004) avaliando o valor nutritivo das silagens de capim-elefante com adição de bagaço de caju (BC) observaram melhora nas características fermentativas da silagem, com elevação no teor de proteína bruta e redução dos teores de FDN, recomendando à adição de até 47,7% de BC para se obter o nível máximo de proteína bruta e, aproximadamente, 37,5% de adição de BC para atingir o menor nível de FDN.

Resíduo de maracujá

A indústria de suco de maracujá produz anualmente cerca de 13 milhões de resíduos. Trata-se de um subproduto resultante da extração de suco com alto valor nutricional.

O gênero Passiflora, da família Passifloraceae, contém mais de 500 espécies tropicais, sendo o Brasil o centro de origem da maioria deles. O maracujá amarelo (Passiflora edulis) é a principal variedade cultivada, sendo responsável pelo fornecimento de matéria-prima para indústria processadora, bem como para comercialização de frutas frescas (Lousada Júnior, 2003).

A semente de maracujá é um subproduto industrial da produção dessa fruta, possuindo alto valor de óleo (32%), alta disponibilidade e baixo custo.

O beneficiamento do maracujá produz uma quantidade de resíduos que corresponde, aproximadamente, de 65 a 70% do total da fruta (Neiva Jr., 2007). Segundo o IBGE (2004), a produção dessa fruta é de aproximadamente 480.000 toneladas.

No Quadro 2 podem ser verificados o potencial evolutivo da produção de suco de maracujá no Brasil, tendo por base o período de 1993 a 2005 e, desta forma podemos verificar o potencial de resíduos oriundos desta atividade, que utrapassa os 88%.

A composição química-bromatológica sofre variações de acordo com as variedades nos seguintes parâmetros: (11,21 a 17,57% para MS); (7,53 a 0,82% para PB); (37,47 a 44,16% para FDN); (31,11 a 37,73% para FDA); (0,28 a 0,35% para Ca); (0,08 a 0,13% para P). Dependendo desses níveis o resíduo de maracujá pode ser utilizado como uma boa fonte de nutrientes para ruminantes (Vieira et al., 1999). A inclusão da semente de maracujá segue algumas premissas, dentre estas o teor de óleo, pois valores de inclusão acima de 8,8% provocam queda na ingestão de matéria seca. Starling et al., (1997) trabalhando com valor nutricional da semente de maracujá em ensaio de digestibilidade aparente com ovinos relataram dados da composição química com base na matéria seca de 93,9% MS; 13,9% PB; 32% EE; 55,5% FDN; 49,5% FDA; 40,3% lignina bruta; 10,4% de nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA) e um teor de energia bruta (EB) de 6129 kcal/MS.

Demais frutas

A região Nordeste além de possuir o maior rebanho brasileiro, tem grande importância no cultivo da maioria das espécies frutíferas tropicais, especialmente abacaxi, abacate, banana, caju, coco, mamão, manga, maracujá, uva, acerola e goiaba. O abacaxi (safra 2000) e o melão (safra 1998) responderam por 38% da produção nacional (Anuário, 2000), enquanto acerola, goiaba, manga, mamão, maracujá, caju (pseudofruto) e banana obtiveram 69,6; 19,8; 49,71; 52,4; 44; 96,5 e 37,4%, respectivamente, da produção nacional (Ibge, 1997).

Nos Quadro 3 e 4, são apresentados os valores médios da composição bromatológica dos subprodutos de abacaxi, acerola, goiaba, maracujá e melão.

Lousada Júnior et al., (2005) estudando o consumo de matéria seca de diferentes subprodutos de frutas, observaram os maiores consumo de matéria seca no resíduo de goiaba e melão (Quadro 5). Os autores concluíram que os subprodutos de abacaxi, maracujá e melão caracterizaram-se por bom valor nutritivo, podendo ser utilizados na alimentação de ruminantes. E, que existem limitações na utilização dos subprodutos de acerola e goiaba na alimentação de ruminantes, necessitando maiores estudos, como a utilização de tratamentos químicos ou físicos que visem melhorar o valor nutritivo destes subprodutos.

De acordo com Lousada Júnior et al., (2005) subprodutos que apresentam alta porcentagem de sementes em sua constituição podem conter elevados teores de taninos, pois as sementes contêm maiores concentrações de taninos no tegumento. Van Soest (1994) cita subprodutos agroindustriais, como bagaço de tomate e subprodutos da uva, como alimentos ricos em tanino. Da mesma forma, Dumont et al., (1985), Reyne e Garambois (1985) destacam a presença de tanino em subprodutos da industrialização da uva como fator responsável pela baixa digestibilidade aparente da proteína bruta, cujos valores foram de 12,9 e 13,0%, respectivamente.

Rodrigues e Peixoto (1990a, 1990b) realizaram dois trabalhos com subproduto do abacaxi in natura e silagem do subproduto de abacaxi e obtiveram coeficientes de digestibilidade da fibra em detergente acido (FDA) de 73,6 e 81,3%, respectivamente.

Alquino et al., (2003), Gonçalves et al., (2003) e Pompeu et al., (2002) estudando silagens contendo subprodutos de frutas, observaram reduções nos teores de hemicelulose, quando adicionaram, respectivamente, maracujá, pendúculo de cajú e melão em silagens de capim elefante.

Oliveira Filho et al., (2002) estudaram o valor nutritivo de silagens de capim elefante com níveis crescentes de adição do resíduo do abacaxi seco e verificaram que o resíduo de abacaxi pode melhorar sua qualidade nutricional. Houve elevação dos teores de MS das silagens de 15,6 para 28,9% com a adição de 20% do resíduo. Quanto ao teor de PB, não obtiveram grande variação neste percentual, passando de 8,4 para 9,5% quando se usou o nível máximo de inclusão. Já para os valores de FDA e FDN, encontraram uma redução de 48,4 a 37,1% e de 73,3 a 63,9%, respectivamente. Enquanto, Bergamaschine et al., (1999) com o objetivo de avaliar o potencial forrageiro do resíduo da planta de abacaxi póscolheita, na forma de silagem, observaram que o uso de rolão de milho e cama de frango, nos níveis de 10 e 20%, permite a obtenção de silagens de qualidade. Esses mesmos autores em 2002, descreveram que a polpa cítrica em associação com cama de frango, nos níveis de 5 ou 10%, podem ser utilizados como aditivos para ensilagem de planta de abacaxi, proporcionando silagens de boa qualidade.

Bagaço de cana-de-açúcar

A cultura da cana-de-açúcar teve um grande impulso, principalmente após a implantação do Proálcool, colocando o Brasil como o recordista mundial, superando 250 milhões de toneladas. Várias foram às tecnologias geradas em decorrência desse programa, destacando-se o bagaço de cana autohidrolisado. Desde então esse resíduo tem sido utilizado como volumoso único ou como parte da fração fibrosa da dieta de ruminantes, principalmente nas épocas de escassez de forragens ou nos confinamentos de ruminantes (Borges, 2001).

O bagaço de cana é resultante da extração do caldo da cana-de-açúcar e é caracterizado como um alimento com altos teores de parede celular, baixa densidade energética e pobre em proteína e minerais, constituindo-se em um volumoso de baixo valor nutritivo e de baixo potencial de uso na alimentação animal (Nussio e Balsalobre, 1993). Por outro lado, o bagaço pode ser incluído em rações para ruminantes, principalmente para corrigir a deficiência em fibra e os distúrbios verificados em animais alimentados com alimentos com baixa fibra (Brandão et al., 2003). Para promover a melhora da qualidade da fração fibrosa o tratamento químico é usualmente utilizado como forma de melhorar a qualidade deste alimento (Quadro 6) e gerando reflexos positivos na nutrição animal. Para comprovar a potencialidade desse resíduo na alimentação dos ovinos, Macedo et al., (1995) observaram maior rendimento de carcaça e uma tendência a um menor custo de produção com 5% de bagaço de cana-de-açúcar hidrolisado (dieta 1), os autores ressaltaram a possibilidade desse resíduo na alimentação de ovinos.

Casca de café

A disponibilidade de resíduos agrícolas que podem ser avaliados para alimentação de ruminantes é grande. A casca de café devido à sua disponibilidade nos Estados e regiões produtoras de café é um destes materiais. Na safra de 99/2000 o Brasil produziu 27,1 milhões e Minas Gerais 14,3 milhões de sacas de café beneficiado (Floriani, 2000). Esta produção gerou, respectivamente, 1,626 milhões e 858 mil toneladas de casca de café, considerando a relação de café beneficiado:casca de 1:1 (Bartholo et al., 1989).

De acordo com Caielli (1984), a casca representa 50% da produção total de café. A difícil classificação da casca de café como alimento básico útil é mencionada por Rogerson (1974) e Minardi et al., (1991), em função da baixa digestibilidade de seus nutrientes, devido principalmente à lignificação do material. Bressani et al., (1972) mencionaram que o tratamento alcalino poderia aumentar o uso de polpa de café pelos ruminantes. O uso da uréia no tratamento químico, de acordo com Dolberg (1992), é de mais fácil manuseio, sendo prático para os pequenos produtores, além de promover a incorporação de nitrogênio não-protéico ao resíduo de baixo valor nutritivo. Segundo Garcia et al., (1992), com o intuito de melhorar o processo de tratamento químico com uréia, pode-se lançar mão de certos componentes ricos em urease, como o grão de soja, que ajudam a criar, em tempo menor, atmosfera rica em amônia.

Ferreira et al., (1995) trabalhando com casca de café, em diferentes níveis (0, 15, 30 e 45%), avaliaram a digestibilidade in vivo desse resíduo e concluíram que a inclusão de 45% da MS de ração não afetou os coeficientes de digestibilidade da MS, PB e FDA, embora os coeficientes de digestibilidade da FDN e da hemicelulose foram comprometidos.

Garcia et al., (2000) em um experimento com da raça Santa Inês alimentados com dietas contendo casca de café e concentrado, observaram ganho de peso diário (166 g/animal). Os autores concluíram ainda que a utilização da casca de café in natura proporcionou maior consumo de FDN; os animais provenientes do cruzamento industrial, utilizando a Texel como raça paterna, obtiveram desempenho melhor em comparação aos animais Santa Inês puros e os machos apresentaram desempenho superior ao das fêmeas.

Souza et al., (2004) avaliando o efeito de níveis de casca de café na dieta de ovinos, registraram que a adição de até 25% da MS de casca de café em substituição ao fubá de milho da ração concentrada de carneiros adultos, o que corresponde a 10% de inclusão de casca de café na MS da dieta total, não comprometeu o consumo e a digestibilidade dos nutrientes da dieta, indicando a possibilidade de uso na dieta desses animais como alimento alternativo. No Quadro 7 podem ser observados os valores médios dos consumos diários e as digestibilidades dos ovinos nas silagens de milho com níveis de 5 e 15% de casca de café.

Girassol

O cultivo do girassol (Helianthus annuus L.), após a retirada da cultura de verão, pode ser uma opção para a produção de volumoso de boa qualidade. Essa cultura tem despertado muito interesse, principalmente pela possibilidade de obter um melhor aproveitamento da terra, que normalmente fica ociosa após a colheita e ensilagem do milho, e pelo alto rendimento de silagem por hectare na safrinha, com baixos riscos de fracasso em razão de sua tolerância à seca e ao frio (Resende et al., 2002).

O cultivo do girassol no Brasil vem se expandindo, porém o seu uso é mais restrito à produção de grãos para a extração de óleo. Os subprodutos desta extração têm sido utilizados na alimentação animal na forma de farelos (Mandarino, 1992). O uso da silagem de girassol na alimentação de animais ruminantes é antiga (Schafer e Westley, 1921), porém no Brasil o seu uso é ainda limitado. No que diz respeito à qualidade das silagens, a de girassol é similar à silagem de milho (Almeida et al., 1995). No Quadro 8 podem ser verificados os valores bromatológicos das silagens de milho e girassol.

Almeida et al., (1995), ao avaliarem a utilização de silagens de girassol, milho e sorgo na alimentação de ovinos, relataram consumo de energia bruta superior para as silagens de girassol e milho (298,6 e 297,9 Kcal/kg0,75/dia, respectivamente) em relação à silagem de sorgo (279,3 Kcal/kg0,75/dia). Enquanto, Rodrigues et al., (2001), ao estudarem o valor nutritivo de silagens de girassol, encontraram digestibilidade aparentes da FDN e da FDA de 43,9 e 48,0%, respectivamente. Henrique et al., (1998) ao estudarem a digestibilidade aparente da FDN e da FDA das silagens de girassol dos genótipos C11 e S530, encontraram 29,7 e 50,8% e 32,5 e 52,0%, respectivamente. Valdez et al., (1988a) consideraram que a baixa digestibilidade da fração fibrosa foi devido às altas concentrações de extrato etéreo (EE) (11,3%).

Segundo Elmeddah et al., (1991), a gordura na dieta de ruminantes tem diversos efeitos na degradabilidade da fibra. Também depende da natureza da dieta e do tipo de gordura presente (saturada, insaturada ou esterificada). Valdez et al., (1988b) relataram que a extração de gordura com solvente resultou em aumento na digestibilidade in vitro da MS e da FDN em dietas completas baseadas em silagem de girassol. Noguera (2000) estudou quatro genótipos de girassol (Rumbosol 91, DK180, M734 e V2000) ensilados com diferentes proporções de capítulo (0, 20, 40, 60, 80, 100% e planta inteira) e encontrou concentração média de FDN variando de 32,0 a 58,4%, e de FDA de 30,1 a 51,6%. O autor testou a digestibilidade ruminal da MS pela técnica in vitro do material original e desengordurado e encontrou variação de 61,6 a 48,7% para o material original, e de 61,4 a 48,1%, para o material desengordurado, isto é, não houve efeito do extrato etéreo sobre a digestibilidade in vitro da MS. Para o autor, os valores de digestibilidade decrescem à medida que a quantidade de capítulo diminui, ou seja, menor proporção de material solúvel e maior concentração de parede celular no material ensilado.

Desempenho de ovinos utilizando alimentos alternativos

A peculiaridade da espécie ovina é apresentar maior eficiência para ganho de peso e qualidade da carcaça nos primeiros seis meses de vida. Essas características podem ser otimizadas pelo uso de sistemas adequados de terminação. Os efeitos dos sistemas de terminação na produção de carne ovina têm sido reportados tanto no exterior como no Brasil. Os resultados obtidos na maioria destes trabalhos mostraram que a terminação intensiva de cordeiros, geralmente, permite a produção de carcaças com maior rendimento e melhor conformação, principalmente quando realizada em confinamento.

O desempenho animal depende da ingestão de nutrientes digestíveis e metabolizáveis, sendo que 60 a 90% das diferenças de desempenho são causadas pelo aumento de ingestão e 10 a 40% às diferenças de digestibilidade (Mertens e Ely, 1982). Historicamente, consumo e digestibilidade têm sido calculados por equações de regressões baseadas na composição química do alimento, obtendo resultados com precisão aceitável.

A utilização de subprodutos do processamento de frutas tropicais e outros produtos na alimentação de ruminantes ainda é feita de forma empírica, daí a grande necessidade de realização de experimentos que visem avaliar aspectos como consumo, digestibilidade e de desempenho animal.

Catunda e Meneses (1989) avaliaram o uso de farinha de caju na alimentação de cordeiros mantidos a pasto na época seca do ano na Região Nordeste. Obtiveram baixo consumo de MS, que foi atribuído à influência negativa do tanino (0,5%) no aproveitamento da proteína e na palatabilidade do material, e baixo ganho de peso médio diário. O percentual de sobras ficou em torno de 68% em relação ao total oferecido. Devido ao baixo teor de Ca e P, (Holanda et al., 1996) citaram que este resíduo não deve ser fornecido como único alimento.

O enriquecimento do resíduo de caju pode influenciar as características de carcaça dos animais. Garcia et al., (1998b) observaram com cordeiros terminados em confinamento, menor rendimento de carcaça do grupo que recebeu o resíduo enriquecido, em virtude da menor quantidade de energia da dieta. Garcia et al., (1998a) não encontraram qualquer alteração nas proporções de músculo, gordura e osso do pernil e do lombo.

Garcia et al., (1999) forneceram dietas para Cordeiros ¾ Suffolk X ¼ Crossbreed com 17% de proteína e com vários níveis de inclusão de polpa de citros em substituição ao milho, farelo de soja e feno de Tifton 85 como forragem, e não encontraram diferenças entre tratamentos para ganho de peso, concluindo que a polpa de citros pode ser utilizada em dietas para cordeiros confinados.

Neiva et al., (2002) trabalhando com 32 animais SRD no Ceará, estudaram os efeitos da adição de farelo de castanha de caju (FCC) na ração para confinamento de ovinos. Utilizaram níveis de 0, 12, 24 e 36% de FCC, tendo o concentrado participado com 30% na MS da dieta total. Os ganhos de pesos variaram entre 55,36 e 88,1 g/animal/dia.

Garcia et al., (1998a) avaliando o desempenho de ovinos alimentados com resíduos de panificação «biscoito», relataram ganho de peso de 258g como nível de 33%, a conversão alimentar de 3,89 e a digestibilidade da MS de 69,28%.

Pires et al., (2002) avaliando níveis de farelo de cacau na alimentação de ovinos, verificaram valores de ganho de peso de 83,0 g e conversão alimentar de 12,41% com o nível de 30%. Os autores ressaltaram uma redução de 17,55% no custo do concentrado em comparação com o farelo de soja e milho.

Carvalho Filho e Languidey (1983) obtiveram um incremento de 41% no peso vivo de borregos suplementados com leucena (1 kg cab/dia no cocho), em comparação com os não suplementados. Araújo Filho e Carvalho (1997) relatam no semi-árido nordestino, durante a estação seca, o uso de bancos de proteína de leucena propiciam ganhos de 54g/cab./dia para cabritos SRD.

Souza (1998), relata o uso de rações completas com 29% de feno de leucena na engorda de ovinos, com ganhos de 200g por animal/dia.

Arruda et al., (1981) trabalhando com borregos da raça santa Inês, confinados na estação seca utilizaram rações à base de diferentes tipos de restolho de milho (51% da ração), obtiveram ganhos que variaram de 129 a 164 g/dia.

Oliveira et al., (1986a), trabalhando com ovinos Morada Nova alimentados com feno de mata pasto e concentrado, encontraram taxa de conversão alimentar de 10,3. E, Oliveira et al., (1986b) trabalhando com ovinos Santa Inês alimentados com restolho de milho e feno de cunhã (Clitoria ternatea) e feno de mata pasto (Cassia sericea), encontraram valores de 102,1 e 121,8 g/dia em ganho de peso.

Em um experimento com cordeiros Santa Inês x Crioula alimentados com feno de cunhã e concentrado, Barros et al., (1997) obtiveram ganho de peso de 141,55 g/dia. Enquanto, Bett et al., (1999) e Bueno (2000), que obtiveram ganhos de peso acima de 200 g/dia, quando avaliaram desempenho de ovinos oriundos de cruzamento industrial (fêmeas Corriedale com machos Ile de France, Suffolk e Bergamácia) e da raça Suffolk, respectivamente. Vale ressaltar, entretanto, que os autores supracitados trabalharam com machos jovens, com aproximadamente quatro meses de idade e alimentados com dietas que continham acima de 60% de ração concentrada, diferente do presente trabalho, em que se utilizou concentrado em nível de 30% da MS.

Conclusões

Existe uma diversidade de subprodutos que podem ser alternativas para a redução de custos na produção de ovinos, e que levam a ganhos satisfatórios de peso, mantendo um padrão considerável na qualidade da carcaça dos animais.

Vale ressaltar, que pesquisas direcionadas ao aproveitamento de subprodutos agroindustriais tem um papel impar no processo de gerar tecnologias para esses produtos e benefícios na pecuária, dando um destino mais ecológico e social para esses resíduos.

Literatura Citada

  • Agrianual. Anuário da Agricultura Brasileira. FNP-2004. SãoPaulo: FNP, 496p., 2004.
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