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Archivos Latinoamericanos de Produccion Animal
Asociacion Latinoamericana de Produccion Animal
ISSN: 1022-1301 EISSN: 2075-8359
Vol. 16, Num. 2, 2008, pp. 45-52

Archivos Latinoamericanos de Produccion Animal, Vol. 16, No. 2, April-June, 2008, pp. 45-52

Original Article

Comportamento na sombra de acessos de amendoim forrageiro (Arachis spp.), recomendados para região da Baixada Fluminense

Behaviour under shading of forage peanut accessions (Arachis spp.) recommended for the Baixada Fluminense region

1 Graduanda em Zootecnia, UFRRJ, BR 465, km 7, Seropédica- RJ, Brazil
2 Pesquisador da Estação Experimental de Seropédica da PESAGRO, BR 465, km 7, CEP 23851-000, Seropédica- RJ, Brazil
3 Pesquisador da Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 7, Seropédica- RJ, CEP- 23851-970, Brazil

Correspondence Address: P F Dias, Pesquisador da Estação Experimental de Seropédica da PESAGRO, BR 465, km 7, CEP 23851-000, Seropédica- RJ, Brazil, pfrancisco@hotmail.com.br

Date of Submission: 08-Aug-2007
Date of Acceptance: 06-Feb-2008

Code Number: la08008

Abstract

Published results are inconsistent regarding the influence of shading on accessions and cultivars of forage peanut. This study seeks to evaluate the influence of four shading levels (0, 25, 50 and 75%) and two cutting intervals (45 and 90 days) on seven plant variables (dry matter production of leaves, stem, roots and whole shoots; leaf/stem ratio; leaf area and specific leaf area) of three forage peanut accessions (BRA 031496 of Arachis pintoi and BRA 031861 and BRA 031801 of Arachis repens) recommended for the Baixada Fluminense region. The experimental design was split-plot randomized blocks with three replicates. The shading levels represented the main plots and the factorial accessions x cutting intervals, the subplots. The software SAEG 9.0 version was used for statistical analysis. Correlations among variables were observed except for root dry matter production. The first rotated factor (F1), which explains most of the observed variance (67.7%), indicated that the highest shading (75%) brought about the greatest dry matter production of leaves, stems and whole shoot and highest leaf area of the BR 031496 and BR 031801 accessions when cut at 90-day intervals. According to these results, the BR 031496 and BR 031801 accessions of forage peanut, recommended for the region, tolerate high levels of shading in either silvipastoral systems or as green-mulch for commercial crops providing that long cutting intervals are adopted.

Keywords: Arachis pintoi; A. repens, cutting interval, shading percentage

RESUMO

A literatura mostra resultados contrastantes em relação a influência de sombreamento nos acessos e cultivares de amendoim forrageiro. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de quatro níveis artificias de sombreamento (0, 25, 50 e 75%) e dois intervalos (45 e 90 dias), em sete variáveis (produção de matéria seca foliar, caulinar, radicular e parte aérea; relação folha/caule; aérea foliar e área foliar específica) de três acessos de amendoim forrageiro (BRA 031496 de Arachis pintoi e BRA 031861 e BRA 031801 de Arachis repens) recomendados para a Baixada Fluminense. O delineamento experimental adotado foi o blocos ao acaso, dispostos em parcelas subdivididas com três repetições. Os níveis de sombreamento representando as parcelas, e o fatorial três acessos com dois intervalos de corte, representando as subparcelas. A análise estatística dos resultados, por meio de análise de fatores ou análise fatorial, utilizou-se o programa SAEG versão 9.0. Observouse correlação entre as variáveis, exceto para a produção de matéria seca de raízes. O primeiro fator rotacionado (F1), responsável pela explicação da maior porcentagem da variância observada (67.7%), mostrou que o nível de sombreamento mais denso (75%), proporcionou as maiores produções de matéria seca foliar, caulinar, da parte aérea foliar de plantas dos acessos BR 031496 e BR 031801, quando cortados com inmtervalos de 90 dias. Os reultados indicam que os acesso de BR 031496 e BR 031801, recomendados para a região, toleram níveis de sombreamento mais densos nos sistemas silvipastoris ou como cobertura de solo, sob culturas comerciais, desde que manejados com período maior de pousio.

Palavras chaves: Arachis pinto,; A. repens., intervalo de corte, porcentagem de sombreamento

Introdução

A busca de leguminosas de usos múltiplos é extremamente necessária e urgente, diante da crescente demanda por programas de agricultura sustentavel (Karia e Andrade 2004a). O amendoim forrageiro devido a sua rusticidade, qualidade nutricional, tolerância ao pisoteio, produção subterrânea de sementes e cobertura vegetal do solo é uma leguminosa considerada de múltipla utilidade (Purcino et al., 2004) e apresenta resultados promissores para persistência em consórcio com gramíneas (Ibrahim e Mannetje, 1998; Pizzaro, 2001). Acrescente-se a essas qualidades, um detalhe, que contrariamente à maioria das leguminosas tropicais escandentes, apresenta o ponto de crescimento protegido, o que permite a manutenção de uma área foliar residual, mesmo quando submetido a um pastejo contínuo e intenso (Machado et al.,2004).

É incontestável a importância do amendoim forrageiro em uma pastagem, principalmente, como fonte protéica para os animais, na melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e como suprimento econômico de nitrogênio ao sistema, via fixação biológica desse elemento (FBN).

Soares et al. (2006), registraram que os melhores acessos de amendoim forrageiro testados no campo experimental da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica-RJ , foram os acessos BRA 031496 e BRA 031828 de Arachis pintoi e BRA 031861 e BRA 031801 de Arachis repens, pelo rápido crescimento e elevado acúmulo de material vegetal rico em N. Segundo estes autores, até 70% do N existente no material vegetal foi oriundo da fixação biológica, proporcionando um grande aporte ao sistema e dispensando o uso de fertilizantes nitrogenados.

O desenvolvimento de sistemas de uso da terra mais diversificados e equilibrados, menos dependentes de insumos externos e com maior longevidade produtiva é uma necessidade da maioria das regiões (Andrade et al., 2004a). Na pecuária, os sistemas silvipastoris têm potencial de substituir com vantagem os atuais ecossistemas de pastagens cultivadas, que em sua grande maioria são constituídas por monoculturas de gramíneas forrageiras, tornando a atividade mais sustentável (Franke et al., 2001). Um dos sucessos de sistemas pastoris sustentáveis é a escolha acertada das espécies componentes do sistema (Andrade et al., 2004a). No caso de espécies forrageiras, é necessário selecionar espécies com boa capacidade produtiva, adaptadas ao manejo e ambientadas às condições edafoclimáticas da região onde serão implantadas e principalmente, tolerantes ao sombreamento (Garcia e Andrade, 2001).

A competição por luz é uma constante nas comunidades vegetais, principalmente, quando formadas por plantas de crescimento decumbente, em sistemas agroflorestais, silvipastoris, e agrosilviflorestais.

Amendoim forrageiro, por sua tolerância aos ambientes sombreados têm sido recomendado para ser usado em sistemas agroflorestais, principalmente nos silvipastoris e agrosilvipastoris (Andrade e Valentim, 1999). As espécies do gênero Arachis são consideradas tolerantes ao sombreamento (Pizarro e Rincón, 1994; Andrade e Valentim, 1999; Firth et al., 2002). Oliveira et al. (2001), observaram que em dois cortes e sob sombreamento artificial durante a fase de estabelecimento das plantas, a produção de matéria seca de caule e folhas de Arachis pintoi cv. Amarillo foi superior as demais leguminosas (Cratylia argentea, Macroptilium atropurpureum-Siratro, e Pueraria phaseoloides), e a redução na produção dessas variáveis para o amendoim forrageiro ocorreu somente com aumento dos níveis de sombreamento, à partir de 75%. Segundo os autores, evitando-se condições de sombreamento mais denso, o uso desse cultivar com duplo propósito (cobertura do solo e forragem) é promissor.

Por outro lado, resultados diferentes têm sido obtidos por outros pesquisadores, mostrando que o grau de tolerância ao sombreamento por parte de uma espécie de leguminosa, dependeu do acesso/ cultivar dessa espécie (Andrade et al., 2004a) e do manejo de corte (Oliveira e Souto, 2002).

No entanto, nenhuma informação se tem sobre o comportamento dos novos acessos recomendados por Soares et al. (2006) na mesma região, para crescerem em ambientes sombreados.

Em vista do exposto, objetivou-se com o presente trabalho avaliar, por meio de intervalos de cortes diferentes, o comportamento dos melhores acessos de amendoim forrageiro para região, em diferentes níveis de sombreamento artificial.

Materiais e Métodos

As atividades foram desenvolvidas no campo experimental localizado no município de Seropédica (220 48′ S; 430 42′ W; altitude 33 m), no estado do Rio de Janeiro, no período de 10/03/ 2005 a 05/09/2005.

Usou-se solo predominante na região, Planossolo háplico distrófico arênico, coletado a profundidade de 0-20 cm, seco ao ar e passado em peneira com 5 mm de abertura, que apresentava a seguinte característica química: pH (H 2 O) = 4.6; P = 19 mg/kg; K = 14 mg/kg; Ca = 1.5 cmol c /dm 3 , e Mg = 1.3 cmol c /dm 3 . Foi misturado e aplicado uniformemente no solo, a dosagem correspondente a 1 Mg/ha de calcário dolomítico (para elevar o pH do solo para 5.5), 100 kg/ha de P 2 O 5 , na forma de superfosfato simples, 100 kg/ha de K 2 O, na forma de sulfato de potássio e 40 kg de fritas BR-12. Posteriormente, o solo foi acondicionado em vasos plasticos com capacidade de 20 dm 3.

O delineamento experimental adotado foi o blocos ao acaso, dispostos em parcelas subdivididas com três repetições. Os tratamentos constituíram-se de quatro níveis de sombreamento (0, 25, 50 e 75 %), representando as parcelas, e o fatorial três acessos de Arachis spp. (BR 031496, acesso de A. pintoi; BR 031801 e BR 031861, acessos de A. repens) com dois intervalos de corte (45 e 90 dias), representando as subparcelas.

O sombreamento artificial foi obtido com a utilização de armações galvanizadas de 1.5 m de altura e 1.5 m de comprimento e largura, revestidas de sombrite, sendo que o tratamento testemunha (0%) foi mantido em ambiente externo à pleno sol.

Para alcançar maior uniformidade no desempenho das plantas, as sementes após sua inoculação com estirpes de Bradyrhizobium sp., recomendadas por Oliveira et al. (2001), foram pré germinadas em casa de vegetação, sendo transplantadas duas plântulas para cada vaso aos 15 d após germinação. Foi mantida, diariamente, água no solo na capacidade de campo.

As avaliações iniciaram após o corte de uniformização (10/03/2005), por meio de cortes das plantas na altura de 10 cm do solo, em quatro intervalos com 45 d (20/04; 06/06; 21/07 e 05/09/2005) e dois com 90 d (06/06 e 05/09/2005).

Determinaram-se em cada corte a área foliar (AF) e as produções de matéria seca de folhas (MSF) e caules (MSC). A área foliar foi determinada com auxílio do aparelho "LI-3100 AREA METTER". A produção de matéria seca de raízes (MSR) foi determinada só nos últimos cortes dos intervalos 45 e 90 d. De posse dessas quatro variáveis, obtiveram-se mais três variáveis, a relação folha/caule (F/C), matéria seca da parte aérea (MSPA) e área foliar específica (AFE), que é a relação de AF/MSF, totalizando sete variáveis medidas nas plantas.

A análise estatística dos resultados, por meio de análise de fatores ou análise fatorial, utilizou-se o programa SAEG versão 9.0. de acordo com os procedimentos sugeridos por Cruz et al. (2004), que se resumem no seguinte: determinação da matriz de correlações ou covariâncias entre todas as variáveis, obtenção dos fatores necessários para representar os dados, transformação (rotação) dos fatores, de modo a torná-los mais interpretáveis e obtenção dos escores fatoriais. O comportamento das variáveis em relação aos tratamentos foi obtido associando os valores das cargas fatoriais das variáveis aos valores dos escores fatoriais dos fatores estudados, conforme preconizado por Ribeiro Junior (2001).

Resultados e Discussão

Os resultados desse experimento são mostrados na [Tabela 1].

Com base nos resultados da análise de correlações de Pearson entre as variáveis [Tabela 2], verifica-se a existência de correlações significativas, o que indica que a análise fatorial pode ser empregada, segundo Ribeiro Junior (2001). A variável que não correlacionou com as demais foi a produção de matéria seca de raízes (MSR) determinada nas últimas coletas dos intervalos 45 e 90 d. A análise estatística univariada não mostrou nenhum significância dos efeitos simples e interações dos tratamentos estudados na produção de matéria seca das raízes.

Os dois primeiros autovalores desse experimento foram superiores a um (1) e conseguiram explicar 92.20% da variação total dos dados [Tabela 3].

As comunalidades mostradas na [Tabela 3] são relativamente altas, o que implica que a maior parte da variância para as seis variáveis avaliadas, é devida aos dois fatores comuns.

O fator rotacionado F1 explica 67.73% da variância, tem altas cargas positivas para as variáveis produção de matéria seca da parte aérea (MSPA), produção de matéria seca caulinar (MSC), produção de matéria seca foliar (MSF) e área foliar (AF), e altas cargas negativas para relação folha/ caule (F/C). Isso mostra que os maiores valores foram encontrados para MSPA, MSC, MSF e AF, e o menor para F/C, nas plantas de amendoim forrageiro [Tabela 3].

O fator rotacionado F2 que responde por 24.47% da variância [Tabela 3], apresenta cargas positivas para área foliar específica (AFE) e para área foliar (AF). Isso indica que os maiores valores nas plantas de amendoim forrageiro foram encontrados para AFE e AF.

A análise fatorial permitiu reduzir o número de variáveis de seis para apenas dois fatores, denominados escores fatoriais ($F1 e $F2), que retêm as informações mais importantes dos dados originais [Tabela 4]. O comportamento das variáveis originais estudadas, foi obtido associando-se os valores de cargas fatoriais [Tabela 3] aos valores dos escores fatoriais [Tabela 4], conforme preconizado por Ribeiro Junior (2001).

Os escores fatoriais para F1 [Tabela 4] associados às cargas fatoriais [Tabela 3], indicam que os tratamentos 24 (acesso BR 031496 no nível de sombreamento 75% com intervalo de corte 90 dias), 22 (acesso BR 031801 no nível de sombreamento 75% com intervalo de corte 90 dias) e o 19 (acesso BR 031801 no nível de sombreamento 50% com intervalo de corte 90 d), apresentaram, respectivamente, os maiores valores para produção de matéria seca da parte aérea-MSPA (158; 153 e 129 g/vaso), produção de matéria seca caulinar-MSC (112; 103 e 85 g/vaso), produção de matéria foliar-MSF (46; 50 e 44 g/vaso) e área foliar-AF (270; 177 e 174 cm 2 /vaso). Os escores fatoriais para F1 associados as cargas fatoriais [Tabela 3], também mostram que os menores valores para a relação folha/caule-F/C (0.41; 0.49 e 0.52) foram encontrados nestes tratamentos. O contrário foi observado para o tratamento 3 (acesso BR 031496 no nível de sombreamento 0 %, com intervalo de corte 45 dias), com menores valores para MSPA (18 g/vaso), MSC (8 g/vaso), MSF (10 g/vaso) e AF (38 cm 2 /vaso), e maior para F/C (1,25).

Dentre os acessos de Arachis pintoi avaliados à pleno sol nas condições edafoclimáticas da Zona da Mata de Pernambuco (Leite et al. (2002), do cerrado de Minas Gerais (Purcino et al., 2004), do Distrito Federal (Fernandes et al., 2004), o BR 031496, entre outros, se destacou como aquele que apresentou maior produção de matéria seca, resistência á pragas e doenças e qualidade nutricional. Na mesma região do presente experimento, Soares et al. (2006), selecionaram à pleno sol e recomendaram, entre outros, os acessos BR 031496 e BR 031801.

A espécie A. pintoi apresenta diversos mecanismos morfológicos e fisiológicos, os quais permitem intensa defoliação e tolerância a sombreamento mais denso (Pezo e Ibrahim, 1999). Entretanto, a reação das leguminosas em relação aos níveis sombreamento depende da espécie/cultivar/acesso (Oliveira e Souto, 2002; Andrade et al., 2004a) e do manejo de corte (Oliveira e Souto, 2002).

Oliveira e Souto (2002) encontraram que a produção de matéria seca de nódulos, folhas, caule e raízes de A. pintoi cv. Amarillo, no primeiro corte feito 105 d após o plantio do amendoim forrageiro, foi afetada negativamente quando as plantas cresciam já no nível mais baixo de sombreamento (25%), enquanto Andrade et al. (2004a), mostraram reações diferentes ao sombreamento, quando compararam a taxa diária de produção de matéria seca do cv. Belmonte com a do acesso BR 0311143, nas avaliações feitas nos períodos, seco e chuvoso. Resultados de variabilidade, quanto adaptação ao sombreamento têm sido observados também entre acessos de Stylosanthes guianensis (NG et al., 1997; Andrade et al., 2004b).

Os melhores resultados no presente experimento foram encontrados quando as plantas de amendoim forrageiro, com sombreamento denso, foram coletadas com intervalo de corte maior (90 d), indicando isso, que as plantas mais estabelecidas reagem melhor aos efeitos do sombreamento. Quanto menor é o intervalo de corte, menor é o tempo de crescimento entre os cortes consecutivos e, portanto, mais baixa [Tabela 4]. Escores fatoriais para os dois fatores que descreveram as seis variáveis nos 24 tratamentos (combinação de três acessos de amendoim forrageiro, quatro níveis de sombreamento e dois intervalos de corte) será a produção de matéria seca da forragem O corte representa o momento de supressão da capacidade de fixação de CO2 e queda nos teores de carboidratos, a paralisação do crescimento das raízes, diminuição da atividade respiratória e absorção de nutrientes (Davidson e Milthorpe, 1965). Estes efeitos são mais acentuados em plantas sob condições de sombreamento. Oliveira e Souto (2002), observaram que enquanto o sombreamento afetou negativamente a produção de matéria seca de folha e caule de A. pintoi cv. Amarillo no primeiro corte feito aos 105 d após o plantio, o mesmo não aconteceu na rebrota do corte feito aos 70 d após o primeiro corte, quando as plantas, até o nível 50% de sombreamento, apresentaram produções estatisticamente iguais as obtidas à pleno sol. Efeitos similares de intervalos de corte, sem sombreamento, foram encontrados na produção de matéria seca de caules e folhas de plantas de A. pintoi (Ferreira et al., 2004; Affonso et al., 2004).

Os escores fatoriais de F2 [Tabela 4] associados às cargas fatoriais [Tabela 3], indicam que o tratamento 12 (acesso BR 031496, no nível de sombreamento 75%, com intervalo de corte 45 d), apresentou os maiores valores para as variáveis, área foliar específica-AFE (12.57 cm2 /g) e área foliar-AF (176 cm2 /vaso), enquanto no tratamento 14 (acesso BR 031861, sem sombreamento com intervalo de corte 90 d), foram observados os menores para AFE (1.25 cm2 /g) e AF (25 cm2 /vaso).

Conclusão

Os acessos de amendoim forrageiro BR 031496 e BR031801, recomendados para a região, toleram níveis de sombreamento mais densos, desde que manejados com período maior de pousio. [24]

References

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