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Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz
ISSN: 1678-8060 EISSN: 1678-8060
Vol. 89, Num. 2, 1994, pp. 265-270
Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Vol. 89(2): 265-270, apr./jun. 1994

Biologia do Rhodnius pictipes Stal, 1872 em Condicoes de Laboratorio (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae)

Dayse da Silva Rocha, Cleber Galvao, Jose Jurberg


Code Number: OC94055
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Laboratorio Nacional e Internacional de Referencia em Taxonomia de Triatomineos, Departamento de Entomologia, Instituto Oswaldo Cruz, Av. Brasil 4365, 21045-900 Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Biology of Rhodnius pictipes Stal, 1872 under laboratory conditions (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) - Rhodnius pictipes Stal, 1872 is a silvatic species with a widespread distribution in South America, found in nine Brazilian states, naturally infected by Trypanosoma cruzi and T. rangeli. The individual rearing of this species under laboratory conditions, allowed the following biological aspects to be observed: incubation time, search for first meal after eclosion or moult, time - lapse between presentation of the blood meal and the beginning of feeding, duration of blood meal, time and place of defecation, number of blood meals, duration of each instar and adult longevity, and time required from egg to adult.

Key words: Rhodnius pictipes - evolutive cycle - laboratory conditions - Triatominae - life cycle


Rhodnius pictipes Stal, 1872 e uma especie silvestre de ampla distribuicao na America do Sul. Tem sido observada no Brasil nos estados do Acre, Amazonas, Maranhao, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Para, Piaui. Apos a divisao do Estado de Goias, os municipios de ocorrencia deste triato-mineo passaram a pertencer ao Estado do Tocantins (Castro Filho & Silveira 1979, Lent & Wygodzinsky 1979, Silveira et al. 1984, Brasil et al. 1985, Silva & Silva 1990). Apesar de apresentar habitos silvestres, R. pictipes ja foi encontrado em biotopos artificiais (domicilios humanos) o que pode indicar uma tendencia dessa especie a domiciliacao (Serra et al. 1980, Silva et al. 1992).

Quanto a infeccao por flagelados, R. pictipes foi encontrado naturalmente infectado pelo Trypanosoma cruzi, pelo T. rangeli, e com infeccao mista (Otero et al. 1976).

Miles et al. (1983) encontraram R. pictipes infectado com T. cruzi, comumente e em grande numero, nas palmeiras Maximiliana regia (inaja), Acrocomia sclerocarpa (mucaja) e Orbignya phalerata (babacu) na Amazonia brasileira. Estes autores sugerem ser R. pictipes a provavel fonte de infeccao em um caso agudo de doenca de Chagas nas vizinhancas de Belem.

Devido a invasao esporadica desse triato-mineo silvestre ao domicilio humano, o conhe-cimento de aspectos de seu ciclo de vida e relevante, uma vez que podera contribuir de maneira eficaz nos estudos de metodos de controle, bem como no aprimoramento de metodologias de manutencao de colonias em laboratorio. Muitos autores priorizam o estudo de especies domiciliadas em detrimento das especies silvestres, o que explica a escassez de trabalhos a respeito desta especie.

Com intuito de acrescentar informacoes nao registradas pelos autores que se dedicaram ao estudo desse triatomineo, observamos no presente trabalho os seguintes aspectos biologicos: periodo de incubacao, intervalo entre a eclosao ou muda e o primeiro repasto, intervalo entre o oferecimento do alimento e a picada, tempo de duracao do repasto, intervalo entre o fim do repasto e a defecacao, local da defecacao, numero de repastos e tempo de duracao de cada fase de desenvolvimento e duracao do ciclo de ovo a adulto.

MATERIAIS E METODOS

Especimes de 5o. estadio foram mantidos isolados ate a muda imaginal. Destes foram retirados cinco femeas e dois machos que foram isolados em um cristalizador e alimentados semanalmente em pombos para obtencao de ovos.

Cinquenta e sete ovos foram selecionados ao acaso e agrupados de acordo com a data da postura. Apos a eclosao, as ninfas foram individualizadas em frascos de Borrel (3cm de diametro x 10cm de altura) numerados e forrados com papel de filtro, contendo uma tira do mesmo papel dobrada em sanfona para aumentar a superficie interna, e fechados com tela de nailon.

A alimentacao foi oferecida diariamente ate a ocorrencia do primeiro repasto, passando entao a ser quinzenal. Foi realizada em pombos (Columba livia) que eram imobilizados e tinham suas penas peitorais retiradas para possibilitar o contato direto do inseto com a fonte alimentar. O tempo de oferecimento foi de 10 min., e apos o termino do repasto aguardou-se 20 min. para verificar o local e o tempo de defecacao.

Os insetos foram observados diariamente a fim de verificar a ocorrencia de ecdises e assim estabelecer a duracao de cada estadio.

O trabalho foi realizado em estufa B.O.D. a temperatura de 28 oC +/- 1 oC e 80% +/- 5% de U.R.

Os triatomineos utilizados nesse trabalho sao provenientes de uma colonia oriunda de insetos enviados de Serra-Norte, PA e aclimatados desde setembro de 1989 no insetario do Laboratorio Nacional e Internacional de Referencia em Taxonomia de Triatomineos.

RESULTADOS

Dos 57 especimes separados, 37 atingiram a fase adulta (21 femeas e 16 machos). O periodo medio de incubacao dos ovos foi de 14 dias, com minimo de 13 e maximo de 18 dias.

O intervalo entre a eclosao, ou muda, e o primeiro repasto foi crescente, apesar da media do 4o. estadio ter sido de 9,0 dias e do 3o. 9,6 dias; quando observou-se o intervalo maximo, ve-rificou- se que no 4o. estadio, ele foi superior ao 3o. estadio, ja os intervalos minimos foram iguais em todos os estadios (Tabela I).

R. pictipes demonstrou grande avidez na procura pelo alimento, pois na maioria dos casos o intervalo entre o oferecimento da alimentacao e a picada foi inferior a 5 min. (Tabelas II, III, IV, V, VI, VII). A duracao do repasto aumentou com a aproximacao da fase adulta, e os valores observados foram heterogeneos, por este motivo as analises basearam-se na distribuicao de frequencias desses valores (Tabelas VIII, IX, X, XI, XII, XIII). Apos o termino do repasto estabeleceu-se 20 min. para avaliar o tempo e o local de defecacao em cada fase de desenvolvimento. Os resultados encontram-se nas Figs. 1 e 2. E importante ressaltar que na maioria das defecacoes realizadas sobre a fonte, as mesmas ocorreram muito proximas ao local da picada.

TABELA I

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Intervalo entre a eclosao ou muda e o primeiro repasto (em dias)

=====================================================
                 X     Min.  Max.   S      S2      N
-----------------------------------------------------
1o estadio      4,7     3     7    1,48    2,21    50
2o estadio      7,4     3    13    3,14    9,88    50
3o estadio      9,6     3    14    3,28   10,76    50
4o estadio      9,0     3    26    4,55   20,77    50
5o estadio     12,9     3    36    8,39   70,43    37
Adulto         20,7     3    63   19,24  370,44    09
=====================================================

TABELA II

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - 1o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 2 min.                  38      47,50
2 min. < 4 min.             22      27,50
4 min. < 6 min.             13      16,25
6 min. < 8 min.              2       2,50
8 min. < 10 min.             4       5,00
10 min. < 12 min.            1       1,25
==========================================

TABELA III

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - 2o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 2 min.                  44      69,84
2 min. < 4min.               9      14,29
4 min. < 6 min.              3       4,76
6 min. < 8 min.              3       4,76
8 min. < 10 min.             3       4,76
10 min. < 12 min.            1       1,59
==========================================

TABELA IV

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - 3o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 1 min.                  31      46,27
1 min. < 2 min.             21      31,34
2 min. < 3 min.              7      10,45
3 min. < 4 min.              2       2,99
4 min. < 5 min.              3       4,48
5 min. < 6 min.              1       1,49
6 min. < 7 min.              1       1,49
7 min. < 8 min.              1       1,49
==========================================

TABELA V

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - 4o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 2 min.                  59      63,44
2 min. < 4 min.             18      19,35
4 min. < 6 min.              8       8,60
6 min. < 8 min.              1       1,08
8 min. < 10 min.             4       4,30
10 min. < 12 min.            3       3,23
==========================================

TABELA VI

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - 5o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 2 min.                  43      40,19
2 min. < 4min.              21      19,63
4 min. < 6 min.             15      14,02
6 min. < 8 min.             10       9,35
8 min. < 10 min.            10       9,35
10 min. < 12 min.            8       7,48
==========================================

TABELA VII

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo decorrido entre o oferecimento da alimentacao e a picada - Adultos

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 2 min.                   7      31,82
2 min. < 4 min.              5      22,73
4 min. < 6 min.              1       4,55
6 min. < 8 min.              2       9,09
8 min. < 10 min.             6      27,27
10 min. < 12 min.            1       4,55
==========================================

TABELA VIII

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto 1o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
3 min. < 6 min.             18      22,50
6 min. < 9 min.             33      41,25
9 min. < 12 min.            17      21,25
12 min. < 15 min.            8      10,00
15 min. < 18 min.            2       2,50
18 min. < 21 min.            2       2,50
==========================================

TABELA IX

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto 2o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
0 < 4 min.                   1       1,59
4 min. < 8 min.             16      25,40
8 min. < 12 min.            21      33,33
12 min. < 16 min.           13      20,63
16 min. < 20 min.            7      11,11
20 min. < 24 min.            1       1,59
24 min. < 28 min.            3       4,76
28 min. < 32 min.            1       1,59
==========================================

TABELA X

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto 3o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------

0 < 6 min.                   3       4,48
6 min. < 12 min.            17      25,37
12 min. < 18 min.           26      38,81
18 min. < 24 min.           15      22,39
24 min. < 30 min.            3       4,48
30 min. < 36 min.            1       1,49
36 min. < 42 min.            1       1,49
42 min. < 48 min.            1       1,49
==========================================

TABELA XI

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto 4o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
5 min. < 15 min.            34      36,56
15 min. < 25 min.           37      39,78
25 min. < 35 min.           14      15,05
35 min. < 45 min.            5       5,38
45 min. < 55 min.            2       2,15
55 min. < 1h 5 min.          0       0,00
1h 5min. < 1h 15 min.        0       0,00
1h 15 min. < 1h 25 min.      0       0,00
1h 25 min. < 1h 35 min.      0       0,00
1h 35 min. < 1h 45 min.      1       1,08
==========================================

TABELA XII

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto 5o estadio

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
6 min. < 16min.             15      14,02
16 min. < 26 min.           33      30,84
26 min. < 36 min.           30      28.04
36 min. < 46 min.           14      13,08
46 min. < 56 min.           10       9,35
56 min. < 1h 6min.           4       3,74
1h 6 min. < 1h 16 min.       1       0,93 
==========================================

TABELA XIII

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Tempo de duracao do repasto - Adultos

==========================================
Classes                    Freq.       %
------------------------------------------
10 min. < 30 min.            8      36,36
30 min. < 50 min.            5      22,73
50 min. < 1h 10 min.         5      22,73
1h 10 min. < 1h 30min.       2       9,09
1h 30 min. < 1h 50min.       2       9,09
==========================================

TABELA XIV

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Numero de repastos efetuados em cada rase do desenvolvimento

===================================================
                 X    Min.  Max.    S     S2      N
---------------------------------------------------
1o estadio      1,6    1     3    0,53   0,28    80
2o estadio      1,2    1     3    0,48   0,23    63
3o estadio      1,3    1     3    0,51   0,26    67
4o estadio      1,8    1     3    0,45   0,20    92
5o estadio      1,8    1     4    0,75   0,56    69
Adultos         2,4    1     6    1,87   3,52    22
===================================================

TABELA XV

Rhodnius pictipes Stal, 1872. Duracao de cada fase do desenvolvimento em dias

===============================================
                 X   Min.   Max.    S       S2
-----------------------------------------------
1o estadio     21,1   11     45    7,5    57,0
2o estadio     22,2   10     39    7,1    51,4
3o estadio     32,2   17     59    9,5    90,6
4o estadio     56,1   21     84   13,8   191,0
5o estadio    107,0   39    346   61,5  3792,0
Adultos        77,7    6    238   66,8  4465,1
===============================================

Quanto ao numero de repastos por estadio, observou-se um total de 393 com uma media de um repasto do 1o. ao 3o. estadio, e media de dois repastos do 4o. estadio a fase adulta (Tabela XIV).

Na Tabela XV estao relacionados os dados referentes a duracao de cada fase de desenvolvimento. No 1o. e 2o. estadios os insetos necessitaram de menos de um mes para alcancar o estadio seguinte; no 3o. e 4o. as ecdises ocorreram em media entre um e dois meses; o 5o. estadio foi o mais longo, sendo necessarios cerca de quatro meses para realizar a muda imaginal.

A taxa de mortalidade durante o ciclo foi 38%, sendo 12% no 1o. estadio e 26% no 5o.; nos demais estadios nao houve mortalidade.

Dos 37 triatomineos que atingiram a fase adulta 15 morreram durante o processo da muda, nao conseguindo em todos os casos livrar-se totalmente da exuvia, ocorrendo assim a quitinizacao de seu tegumento dentro da mesma; 22 insetos conseguiram realizar perfeitamente a muda imaginal, sendo que 13 nao se alimentaram, morrendo em jejum espontaneo.

A duracao do ciclo de ovo a adulto foi de 278 dias em media, com minimo de 151 e maximo de 484 dias.

DISCUSSAO

Poucos autores se dedicaram ao estudo da biologia dessa especie. Otero et al. (1976) observando em laboratorio com temperatura ambiente (min. 25 oC e max. 33 oC) e usando como fonte de alimentacao a galinha, registraram a duracao de ovo a adulto em um periodo medio de 118 dias, com minimo de 112 e maximo de 140 dias, sendo o periodo maximo (140 dias) inferior ao periodo minimo (151 dias) observado no presente traba-lho.

Lent e Valderrama (1977) utilizando tempe-ratura controlada de 24-26 oC e umidade relativa de 70-75%, registraram a duracao do ciclo de ovo a adulto em um tempo medio de 190 dias (min. 138 - max. 274 dias), apesar de terem utilizado como fonte alimentar camundongos brancos, e terem obtido media inferior; este resultado e o que mais se aproxima do nosso que apresentou media de 278 dias.

Silva e Silva (1990) observaram a influencia da temperatura no desenvolvimento desta especie, obtendo diferenca significativa em temperaturas distintas. A 25 oC o periodo medio de duracao do ciclo evolutivo foi de 152 dias e a 30 oC de 119 dias. Estes resultados se assemelham aos de Otero et al. (1976), reforcando a influencia que a temperatura exerce no periodo de desenvolvimento dos triatomineos.

No presente trabalho, o primeiro estadio apresentou uma taxa de mortalidade de 12%, resultante de um jejum espontaneo ja que todos os especimes que morreram neste estadio nao se alimentaram.

Durante todo o ciclo foram registrados diversos casos de ecdises defeituosas e varios de interrupcao do processo de muda, todos ocorrendo do 5o. estadio para a fase adulta, o que foi tambem observado por Lent e Valderrama (1977).

A grande heterogeneidade observada no tempo de duracao dos repastos, deve-se ao fato de nao terem sido desprezados os insetos que se recusavam a sugar e que consequentemente tornaram-se mais avidos quando do proximo oferecimento; desta maneira mantivemos as caracteristicas individuais de cada especime, sem qualquer tipo de manipulacao.

Apesar de permitir a observacao detalhada de varios aspectos biologicos, o metodo de criacao individual apresentou a desvantagem de expor os insetos ao "stress" provocado pelo manuseio e pelas diferencas de temperatura, umidade e luminosidade no momento da alimentacao que ocorre fora da estufa para que sejam efetuados os registros de tempo de local de defecacao. O efeito deste "stress", pode ser observado na recusa da alimentacao por varios especimes, prolongando assim o periodo de desenvolvimento, fato ja observado por Costa e Jurberg (1990) na criacao de Cavernicola lenti Barrett & Arias, 1985.

Quanto ao potencial vetorial, R. pictipes demonstrou ser um bom vetor, ja que em 45,5% dos repastos efetuados durante o ciclo, a defecacao foi imediata, e em 60% ocorreram sobre a fonte, aumentando as chances de uma contaminacao quando da succao em um suscetivel.

Recentemente, Lent et al. (1993) noticiaram a descoberta de uma especie afim de R. pictipes, denominada R. stali, que e encontrada no Estado de Mato Grosso, Brasil e na Bolivia, e que por muito tempo foi com aquela confundida. Agora e necessario observar o ciclo biologico desta nova especie, com intuito de estabelecer o conceito biologico, ja que do ponto de vista morfologico, a partir de agora estao bem definidas.

AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Adelson de Souza do Instituto Evandro Chagas, Belem, PA pelo envio dos especimes que originaram a colonia estudada e aos tecnicos Vanda Cunha e Jose Luiz da Costa Giesteira pela manutencao do insetario.

REFERENCIAS

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