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Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz
ISSN: 1678-8060 EISSN: 1678-8060
Vol. 91, Num. 1, 1996, pp. 137-138
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Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Vol. 91(1),
Jan/Feb. 1996
Comportamento de Dipteros Muscoides Frente a substratos de
oviposicao, em laboratorio, no Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Jose Mario d'Almeida , Rubens Pinto de Mello *
Laboratorio de Biologia e Controle de Insetos Vetores,
Departamento de Biologia *Departamento de Entomologia,
Instituto Oswaldo Cruz, Av. Brasil 4365, 21045-900 Rio de
Janeiro, RJ, Brasil
Code Number: OC96024
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Parte da Tese de Doutorado do primeiro autor
Recebido em 21 de marco de 1995
Aceito em 7 de Junho de 1995
Behavior of Caliptrate Diptera in Relation to the Choose of
Oviposition Substrates under Laboratory Conditions in Rio de
Janeiro, RJ, Brazil - How adult females of calyptrate Diptera
recognize the appropriate breeding substrate is a matter of
controversy. Among holometabolic insects, the feeding
opportunities of immature stages are generally determined by
the adult female choice of an oviposition site.
The ovipositional and larvipositional substrate preference for
the synanthropic flies (Chrysomya megacephala, C. putoria,
Phaenicia cuprina: Calliphoridae; Atherigona orientalis,
Synthesiomyia nudiseta: Muscidae; Ravinia belforti,
Parasarcophaga ruficornis, Peckia chrysostoma: Sarcophagidae)
is presented in this work. The substrate used for testing were
the following: bovine minced meat, fish (sardine), bovine
liver, shrimp, squid, human faeces and banana. Bovine minced
meat was the ovipositional and larvipositional substrate
preferred by seven species. Human faeces were preferred by R.
belforti.
Key words: Diptera - ovipositional substrates -
synanthropic flies
Os mecanismos que levam um muscoide a ovipor ou larvipor em
determinados substratos ainda causam controversias. Alguns
pesquisadores sugerem que os odores exalados estimulam as
femeas a ovipor, enquanto outros afirmam que o comportamento
de oviposicao se relaciona diretamente com a capacidade das
moscas de reconhecer os alimentos larvares (Zucolloto 1991).
A teoria da 'dupla discriminacao' sustenta que tanto o valor
nutricional dos meios para as larvas, como o odor exalado,
agem, conjuntamente, na escolha do substrato de ovipostura
pelas femeas (Kennedy & Both 1951). Bay e Pitts (1976)
assinalam que em Musca autumnalis para ovipor e necessario,
alem do odor captado pelas antenas, o contato dos palpos com o
substrato, entretanto, Barton-Browne (1960), estudando o
comportamento de Phormia regina, observou que para a
oviposicao basta o estimulo olfatorio.
Sao raros os estudos sobre a preferencia de muscoides por
substratos de oviposicao (Laake et al. 1931, Thomson & Hammer
1936, Clift & Mac Donald 1976), apesar da ampla literatura
existente sobre a morfologia e a fisiologia dos orgaos
olfativos e táteis das moscas (Cragg 1956a, b, Barton-Browne
1960, Bay & Pitts 1976, Quattro & Wasti 1978 ).
Considerando-se a relevAncia que esses insetos assumem em
Saúde Pública, como potenciais vetores de agentes etiologicos
de doencas (Greenberg 1971), com o objetivo de estudar o
comportamento de alguns dipteros muscoides sinantropicos, na
escolha dos substratos de oviposicao, sob condicões de
laboratorio, apresentamos este trabalho em continuidade a
outros sobre criadouros de moscas, iniciada em ambientes
naturais do Rio de Janeiro (d'Almeida 1986, 1988, 1989,
1993).
MATERIAIS E METODOS
Colonias de Chrysomya megacephala (Towsend, 1935), Chrysomya
putoria (Wiedemann, 1819), Phaenicia cuprina (Wiedemann, 1830)
(Calliphoridae); Atherigona orientalis (Schiner, 1860),
Synthesiomyia nudiseta (Wulp, 1830) (Muscidade);
Parasarcophaga ruficornis (Fabricius, 1794), Peckia
chrysostoma (Wiedemann, 1830) e Ravinia belforti (Prado &
Fonseca, 1932) (Sarcophagidae) foram estabelecidas a partir de
exemplares capturados com redes entomologicas no Jardim
Zoologico do Rio de Janeiro, atraidas por peixe em
decomposicao.
As posturas das moscas recem-capturadas foram semeadas em
carne bovina, para iniciar as colonias. Apos as emergEncias,
os insetos de primeira geracao foram acondicionados em gaiolas
de madeira, revestidas de tela de 'nylon', de 30cm X 30cm, e
alimentados ate o quarto dia de vida, com figado cru e uma
mistura de leite em po, acúcar refinado e levedura de cerveja
(2:1:1), trocados diariamente, alem de água ad libitum. Do
quinto dia de vida ate o inicio das experiEncias no decimo
dia, era fornecida apenas a mistura de leite para evitar
posturas antecipadas.
Para os experimentos, efetuados sob condicões de laboratorio
(22-28 C, 80 +/- 10% UR), usaram-se dois machos para cada
fEmea.
Os ensaios foram efetuados com seis substratos: peixe
(sardinha), figado (bovino), carne (bovina moida), camarao
(sem casca), lula, banana fermentada, retirados do freezer e
deixados em exposicao ao meio ambiente por 32 horas e fezes
humanas frescas. Esses substratos, eram moidos e
acondicionados em potes de polietileno (3,5cm de altura por
5,0cm de diAmetro), aproximadamente 10 gramas por recipiente.
Nas gaiolas de experimentacao eram apresentados
concentricamente e simultAneamente para as fEmeas efetuarem
as escolhas. Para cada especie foram realizadas seis
repeticões, conforme o desenho experimental da Tabela I; em
cada uma delas, os substratos foram expostos, simultAnea-mente
durante quatro dias, com a primeira exposicao no 10 dia apos
a emergEncia, e as demais em dias alternados. Obtidas as
posturas, as larvas e os ovos eram contados, sendo que os ovos
somente apos a dissociacao do cemento, pela imersao em
hipoclorito de sodio a 2%.
As experiencias foram desenvolvidas de maio a setembro de
1992, no Laboratorio de Biologia e Controle de Insetos Vetores
do Departamento de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz.
Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente,
usando-se o teste de aderEncia do c2 ( qui - quadrado ), ao
nivel de 1% de probabilidade.
RESULTADOS E DISCUSSAO
Para efetuar esta pesquisa, utilizaram-se algumas das especies
que obtiveram altos indices de sinantropia, em trabalhos
efetuados no Brasil, portanto, insetos de importAncia
sanitária (Ferreira 1978, Linhares 1979, d' Almeida 1983,
Dias et al. 1984).
Na Tabela II observa-se o número total de ovos e larvas
depositados nos substratos, assim como a media de
ovos/fEmea/substrato. A analise estatistica da preferEncia das
especies pelos diferentes meios, de acordo com o número de
ovos e larvas, e apresentada na Tabela III. A Tabela IV
permite visualizar a frequencia com que os meios eram
utilizados pelas moscas para larvipor e ovipor.
De um modo geral, a carne foi o substrato onde as fEmeas
depositaram o maior número de ovos e larvas, como tambem, foi
o meio mais freqüen-temente procurado para as posturas (60,9 %
das exposicões) (Tabela IV). Fezes e banana nao exerceram
estimulo para a oviposicao nos califorideos, entretanto, foram
procuradas pelos muscideos e sarcofagideos. Coffey (1966)
pesquisando moscas criadas em diversos substratos, dentre os
quais banana, fezes humanas e de variados animais, em
Washington, EUA, observou que as fezes de carnivoros estritos
sao as que funcionam melhor como criadouros de califorideos.
Lopes (1973) assinala que as fezes humanas exercem forte
atracao sobre os Sarcophagidae, nao so para a alimentacao, mas
tambem para a criacao, e, segundo ainda esse autor (Lopes
1973), algumas especies dos gEneros Oxysarcodexia e Oxyvinia
se criam apenas nas fezes.
Com excecao da A. orientalis, o achado de ovos e larvas em
banana, sugere que os muscoides foram apenas estimulados a
ovipor, pelos odores exalados pelo substrato, já que esses
insetos necessitam de proteina animal para o
desenvolvimento larvar (d' Almeida 1988, 1989).
A carne foi o substrato preferido para a oviposicao de P.
cuprina (Tabelas II e III) pois 55,11 % dos ovos foram
depositados nesse meio. Foram tambem efetuadas posturas em 75%
da totalidade de exposicões deste substrato, indicando que em
carne as oviposicões sao mais constantes (Tabela IV). Para as
especies do gEnero Phaenicia (P. cuprina, P. eximia e P.
sericata), o figado tem se mostrado eficiente, nao so como
substrato de criacao, mas tambem como isca de atracao (Quattro
& Wasti 1978, d' Almeida & Lopes 1983, d' Almeida 1989,
Delves & Browne 1989). Entretanto, no presente trabalho,
apenas 15% dos ovos de P. cuprina foram depositados em figado,
dai concluir-se que este substrato, quando apresentado
simultaneamente com outros mais atrativos, estimula pouco a
oviposicao.
Nesta pesquisa observou-se que C. megacephala depositou
praticamente todos os ovos em carne (99,9 % do total). Fezes e
banana nao estimularam a oviposicao; contudo, alguns autores
relatam que as fezes sao eficientes criadouros de C.
megacephala (Thomas 1951, Norris 1965). Os resultados obtidos
no presente trabalho, somados aos de outros levantamentos,
indicam que este califorideo nao e atraido pelas fezes e,
muito menos estimulado a ovipor (Coffey 1966, d' Almeida
1988, 1989).
C. putoria depositou seus ovos em trEs dos sete substratos
(Tabela II), dentre os quais, a carne foi o preferido (Tabela
III), embora nao com tanta intensidade como o fez C.
megacephala . Segundo Greenberg (1971), C. putoria se alimenta
e ovipõe em diversos tipos de materiais orgAnicos em
decomposicao, principalmente carnes e raramente fezes; esta
afirmacao corrobora os achados da presente pesquisa.
R. belforti demonstrou nitida preferEncia pelas fezes
como substrato de larviposicao (Tabelas II e III),
depositando 90% do total das larvas neste meio. Convem
ressaltar que este sarcofagideo larvipos em 95,5% dos
potes de fezes apresentados (Tabela IV). Estes resultados,
associados aos de outras pesquisas, onde fezes humanas e de
animais foram os melhores criadouros de R. belforti (Lopes
1973, d' Almeida 1988, 1989), ressaltam a intima relacao
deste inseto com fezes, enaltecendo a sua importAncia como
potencial vetor de enteropatogenos.
Dentre os muscoides avaliados, apenas S. nudiseta e P.
ruficornis depositaram ovos e larvas em todos os meios
expostos, entretanto, a carne foi o substrato preferido
(Tabelas II e III). Segundo d' Almeida (1988 e 1989), o figado
foi o substrato de criacao mais eficiente para S. nudiseta na
area urbana e no Jardim Zoologico do Rio de Janeiro.
Comparando-se os achados sobre oviposicao com os de criacao
de S. nudiseta, chega-se a uma conclusao semelhante àquela
obtida para P. cuprina.
Em P. chrysostoma alem da carne, o peixe tambem exerceu forte
estimulo para a larviposicao (Tabelas II e III), o que esta
de acordo com os resultados obtidos por d' Almeida (1986 e
1988) nas areas rural e urbana, respectivamente. Lopes (1973)
tambem criou esta especie em peixe na Floresta da Tijuca, no
Rio de Janeiro.
Convem ressaltar que apenas em A. orientalis nao ocorreram
diferencas significativas, ao nivel de 1% de probabilidade,
entre o número de ovos depositados na carne e na lula, outro
substrato muito procurado por este muscideo; isto sugere que
os dois meios estimulam igualmente a oviposicao (Tabela III).
Segundo Moron e Terron (1984), a lula e uma boa isca de
atracao por apresentar decomposicao rapida e fetidez
perduravel. Esta especie foi a que utilizou com maior
regularidade os substratos expostos, em especial a carne, onde
efetuou posturas em 95,5% dos recipientes. d' Almeida (1989)
afirma que A. orientalis se desenvolve intensamente na materia
organica vegetal em decomposicao, entretanto, em levantamentos
faunisticos e tambem atraida com frequencia por materia
orgAnica animal em decomposicao (Linhares 1979, d' Almeida
1983).
Comparando-se os resultados das Tabelas II e IV pode-se notar
que a maioria das especies, apesar de demonstrar nitida
preferEncia por determinados substratos, nao fez regularmente
posturas nestes meios. Entretanto R. belforti e A. orientalis
distribuiram com mais regularidade as larvas e ovos nos
substratos. Essas constatacões possivelmente podem estar
associadas fatores como potencial reprodutivo e estrategia de
sobrevivencia, dentre outros, como ja foi verificado com R.
belforti (d'Almeida, entregue para publicacao), que demostrou
baixo potencial reprodutivo como estrategia de
sobrevivencia.
De acordo com os resultados obtidos, as seguintes conclusões
podem ser apresentadas: a carne foi o substrato preferido por
sete das oito especies de dipteros muscoides estudados; fezes
humanas foi o substrato preferido pela R. belforti, o que
exalta a possivel importAncia sanitaria desta especie; C.
megacephala praticamente so ovipos em carne (99,90%); S.
nudiseta e P. ruficornis fizeram oviposices e larviposices,
respectivamente, em todos os substratos apresentados.
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TABELA I
Desenho experimental dos procedimentos adotados para avaliar a
preferencia de dipteros muscoides pelos subtratos de postura,
em condidoes de laboratorio no Rio de Janeiro, RJ
--------------------------------------------------------------
Especies Repeticoes Total
1 2 3 4 5 6
--------------------------------------------------------------
Chysomya megacephala Femeas 17 17 20 13 13 12 92
Machos 34 34 40 26 26 24 184
Chysomya putoria Femeas 14 12 13 13 13 13 78
Machos 28 24 26 26 26 26 156
Phaenicia cuprina Femeas 15 14 15 15 11 13 83
Machos 30 28 30 30 22 26 166
Ravina belfarti Femeas 16 15 16 12 11 12 82
Machos 32 30 32 24 22 24 164
Parasarcophaga
ruficornis Femeas 15 - - 13 13 13 54
Machos 30 - - 26 26 26 108
Peckia chrysostoma Femeas 14 12 13 13 13 13 61
Machos 28 24 26 26 26 26 122
Atherigona orientalis Femeas 14 12 13 9 10 9 67
Machos 28 24 26 18 20 18 134
Synthesiomyia nudiseta Femeas 15 21 18 15 13 13 95
Machos 30 42 36 30 26 26 190
--------------------------------------------------------------
TABELA II
Numeros de ovos e larvas de dipteros caliptrados depositados
em variados subtratos, sob condicoes de laboratorio, no Rio de
Janeiro, RJ
-------------------------------------------------------------
Especies Subtratos
PEI FIG CAR
-------------------------------------------------------------
Phaenicia cuprina No 4792 3157 11170
X+/-S 57.19+/-49.02 33.61+/-2342 130.44+/-73.79
Chrysomya
megacephala No 10 11 22677
X+/-S 0.13+/-0.33 0.15+/-0.37 253.59+/-126.22
Chrysomya putoria No 8578 23411 2052
X+/-S 128.57+/-168.26 296.76+/-109.37 27.11+/-31.12
Ravinia belfoni No 6 28 30
X+/-S 0.08+/-0.20 0.33+/-0.73 0.40+/-0.83
Peckia chrysostoma No 400 50 800
X+/-S 5.15+/-3.69 0.63+/-0,76 8.62+/-3.03
Parasarcophaga
ruficornis No 48 71 970
X+/-S 0.92+/-1.59 1.36+/-1.64 17.23+/-1324
Atherigona
orientalis No 431 65 458
X+/-S 6.96+/-3.89 0.81+/-1.35 8.22+/-2.67
Synthesiomyia
nudiseta No 18 295 2594
X+/-S 0.23+0.56 3.35+5.86 28.71+/-14.70
------------------------------------------------------------
Subtratos
CAM LUL FEZ
------------------------------------------------------------
Phaneicia cuprina 318 828
X+/-S 3.53+/-8.65 9.84+/-9.35
Chrysomya megacephala
X+/-S
Chrysomya putoria 2052
X+/-S 27.11+/-31.12
Ravinia belfoni 656
X+/-S 7.63+/-4.68
Peckia chrysostoma 15 285
X+/-S 0.20+/-0.51 3.65+/-5.64
Parasarcophaga
ruficornis 228 56 182
X+/-S 4.08+/-2.83 1.07+/-1.99 3.48+/-2.37
Atherigona orientalis 416 448 189
X+/-S 5.97+/-4.12 6.12+/-3,86 2.5+/-2.24
Synthesiomyia nudiseta 620 177 631
X+/-S 6.64+/-7.89 2.05+/-3.67 5.84+/-7.19
-----------------------------------------------------------
Subtratos
BAN
------------------------------------------------------------
Phaenicia cuprina
X+/-S
Chrysomya megacephala
X+/-S
Chrysomya putoria
X+/-S
Ravinia belfoni 15
X+/-S 0.15+/-0.37
Peckia chrysostoma 1
X+/-S 0.01+/-0.02
Parasarcophaga ruficornis 192
X+/-S 3.69+/-4.36
Atherigona orientalis 189
X+/-S 2.5+/-2.24
Synthesiomyia nudiseta 22
X+/-S 0.24+/-0.59
------------------------------------------------------------
PEI: peixe, FIG: figado, CAR: carne, CAM: camarao, LUL:
lula, FEZ: fezes, BAN: banana; No: numero de ovos ou larvas
depositados nos substratos; X+/-S: media e desvio padrao de
ovos ou larvas/femeas/substrato
TABELA III
Preferencia dos dipteros muscoides por substratos de postura.
A ordem decrescente e da eaquerda para direita e aqueles que
nao direterm significativamente, ao nfvel de 1% de
probabilidade, estao assinanalados por uma linha horizontal
----------------------------------------------------------
Especies Substratos
----------------------------------------------------------
Phaenicia cuprina CAR-PEI-FIG-LUL-CAM
Chrysomya megacephala CAR-FIG-PEI
Chrysomya putoria CAR-PEI-LUL
Ravinia belforti FEZ-CAR-FIG-BAN-PEI
Parasatvophaga ruficornis CAR-CAM-BAN-FEZ-FIG-LUL-PEI
Peckya chrysostoma CAR-PEI-FEZ-FIG-CAM-BAN
Atherigona orientalis CAR-LUL-PEI-CAM-BAN-FIG
Synthesiomyia nudiseta CAR-FEZ-CAM-FIG-LUL-BAN-PEI
----------------------------------------------------------
PEI: peixe, FIG: figado, CAR: came, CAM: camarao, LUL: lula,
FEZ: fezes, BAN: banana
TABELA IV
Frequencia relativa das oviposicoes e larvipposicoes efetuadas
nos subtratos expostos nas gaiolas de criacao dos dipteros
caliptrados, no Rio de Janeiro, RJ.
------------------------------------------------------------
Especies Subtratos
PEI% FIG% CAR% CAM% LUL% FEZ% BAN%
------------------------------------------------------------
Phaencia cuprina 50,0 45,8 75,0 4,2 20,8 - -
Chrysomya megacephala 33,3 4,2 70,8 - - - -
Chrysomya putoria 37,5 - 62,5 - 20,8 - -
Ravinia belforti 4,2 16,7 4,2 - - 95,8 8,3
Peckia chrysostoma 37,5 33,3 62,5 4,2 - 25,0 4,2
Parasarcophaga
ruficornis 6,2 18,7 37,5 25,0 12,5 25,0 12,5
Atherigona orientalis 58,3 12,5 95,8 66,7 79,2 - 45,8
Synthesiomyia nudiseta 4,2 12,5 67,7 20,8 8,3 16,7 4,2
------------------------------------------------------------
Total das especies^a 26,6 15,8 60,9 15,2 17,4 20,1 9,2
------------------------------------------------------------
PEI: peixe, FIG: figado, CAR: carne, CAM: camarao, LUL: lula,
FEZ: fezes, BAN: banana; a: representativa da
frequencia que 0 substrato foi procurado pelo total das
especies
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