Ao favorecer o crescimento das plantas hospedeiras, a micorriza pode ser um fator importante para
as essências florestais nativas do estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho foi identificar o tipo de micorriza em seis espécies florestais do Estado: pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze), timbaúva (
Enterolobium contortisiliquum
(Vell.) Morong), canafístula (
Peltophorum dubium
(Spreng) Taub), ipê-amarelo (
Tabebuia chrysotricha
(Mart. ex DC.) Standl.), ipê-roxo (
Tabebuia heptaphylla
(Well.) Toledo) e grápia (
Apuleia leiocarpa
(Vogel) J.F. Macbr). O estudo foi desenvolvido na
Fepagro Floresta – Boca do Monte, Santa Maria, em bosques de espécies nativas e plantadas. As amostras de
raízes, os corpos de frutificação dos fungos e o solo foram analisados no laboratório. As raízes foram
processadas e analisadas quanto ao tipo de micorriza presente. Os fungos ectomicorrízicos nativos
encontrados foram identificados, isolados e mantidos em cultura. As espécies estudadas não apresentaram
colonização ectomicorrízica, embora em alguns locais tenham sido encontrados esporocarpos próximos às
plantas. A associação com micorrizas arbusculares foi encontrada em todas as espécies de essências florestais
nativas estudadas.