O uso de informações obtidas por estudos com anéis de crescimento é cada vez mais freqüente e são
muito importantes para florestas naturais tropicais onde a demanda por madeira é grande, mas geralmente
não existem dados disponíveis sobre o crescimento das espécies arbóreas para a estruturação de programas
de manejo. O Pantanal da Nhecolândia, sub-região do Pantanal Mato-Grossense, pode ser visto como uma
dessas regiões onde as florestas naturais são sistematicamente cortadas para extração de madeira, ou para
implantação de pastagens cultivadas. Fatores climáticos e edáficos, característicos do Pantanal, sub-região da
Nhecolândia, induzem a formação de anéis anuais de crescimento. Objetivou-se, com este trabalho,
determinar a idade e os incrementos radiais de
Anadenanthera colubrina var.
cebil
e
Tabebuia impetiginosa
,
pela análise dos anéis de crescimento. Discos de oito árvores de
Anadenanthera colubrina var.
cebil e seis de
Tabebuia impetiginosa foram coletados em julho de 1996, na fazenda Nhumirim, de propriedade da
Embrapa Pantanal, localizada na sub-região da Nhecolândia. As árvores de
Anadenanthera colubrina var.
cebil
e
Tabebuia impetiginosa apresentavam 14 a 30 e 15 a 30 anos respectivamente, com crescimento anual
médio, em diâmetro a 1,3 m do solo, variando de 5,4 a 8,0 mm em
Anadenanthera colubrina var.
cebil
e de
4,8 a 11,6 mm em
Tabebuia impetiginosa. O tempo médio para
Anadenanthera colubrina var.
cebil
e
Tabebuia impetiginosa atingirem 40 cm de diâmetro foi estimado em, no mínimo, 55 anos.