Quando o homem deixou de ser nômade, teve de se adaptar às novas condições, passando a empregar a
madeira para energia, instrumentos de caça e defesa e elementos construtivos diversos. Desde então, em
função dos usos e do rápido crescimento, a importância da madeira vem se acentuando, principalmente
porque sua exploração agride menos o ambiente quando comparada a outros materiais não renováveis.
Embora existam várias pesquisas sobre
Eucalyptus
e
Pinus
, estudos com outras espécies são incipientes,
principalmente quanto ao efeito dos extrativos na resistência natural das madeiras. Assim, o objetivo
da pesquisa foi avaliar a influência do teor de extrativos na resistência natural das madeiras de
Acacia mangium
,
Casuarina
sp.,
Eucalyptus cloeziana
,
Corymbia torelliana
e
Tectona grandis
ao térmita xilófago
Nasutitermes corniger
, espécie de ocorrência frequente em várias regiões no Brasil. De cada espécie foram
retirados corpos de prova, com dimensões de 2,00 x 10,16 x 0,64 cm (radial x longitudinal x tangencial) em
quatro posições no sentido medula-alburno (cerne interno, cerne intermediário, cerne externo e alburno). As
madeiras foram expostas à ação dos cupins durante 45 dias em ensaio de preferência alimentar. Amostras
não selecionadas para o ensaio com cupins foram transformadas em serragem e o teor de extrativos obtido
ao empregar a fração que passou pela peneira de 40 e ficou retida na de 60
mesh. A resistência natural não
esteve associada ao teor de extrativos presentes na madeira. A resistência das madeiras variou no sentido
medula-alburno, com padrão variável para cada espécie. As madeiras mais resistentes foram
Tectona
grandis e
Corymbia torelliana e a mais deteriorada a
Acacia mangium.