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Ciência Florestal
Centro de Pesquisas Florestais - CEPEF, Departamento de Ciências Florestais - DCFL, Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal - PPGEF
ISSN: 0103-9954 EISSN: 0103-9954
Vol. 18, No. 4, 2008, pp. 493-510
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Bioline Code: cf08047
Full paper language: Portuguese
Document type: Research Article
Document available free of charge
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Ciência Florestal, Vol. 18, No. 4, 2008, pp. 493-510
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Análise bioeconômica do seqüestro florestal de carbono e da dívida ecológica: uma aplicação ao caso do Rio Grande do Sul
Sobrinho, Valny Giacomelli & Schneider, Paulo Renato
Resumo
Apesar das críticas, o Protocolo de Kyoto se tem constituído na principal ferramenta política para
enfrentar a mudança climática. No entanto, o único de seus instrumentos que prevê a cooperação entre países
industrializados e em desenvolvimento para mitigar as emissões de gases-estufa é o MDL (Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo). A modalidade florestal do MDL pressupõe que as plantações florestais
(florestamento/reflorestamento) podem ajudar na remoção das emissões de dióxido de carbono (o gás-estufa
mais representativo) e compensar a perda de florestas naturais. Este estudo se concentra, então, nesse
proclamado trade-off. Uma análise bioeconômica, da qual se abstraem variáveis monetárias, é empregada
para avaliar o seqüestro florestal de carbono no Rio Grande do Sul. A área florestal do Estado é repartida
somente entre florestas nativas e plantadas. Se, de um lado, isso não permite analisar o desmatamento, de
outro, esse fenômeno é desprezível no Estado. A repartição do solo é expressa por uma função que reflete a
demanda por remoção de emissões. Sua contraparte é a função oferta de emissões que depende das taxas de
crescimento econômico. Os resultados mostram como, em última análise, a sustentação do crescimento
econômico está condicionada à situação ecológica (dívida, crédito ou equilíbrio) de um país ou região. Em
cada cenário, confrontam-se as vantagens econômicas e ambientais das estratégias do MDL e da conservação
de florestas naturais. No final, estima-se uma taxa de overshoot para a atividade florestal no Rio Grande do
Sul ao longo dos últimos 40 anos aproximadamente. As estimativas sugerem que o MDL pode aliviar
pressões ambientais somente onde se registre crédito ecológico, onde o endividamento ecológico já esteja em
curso, o MDL não substitui a conservação das florestas nativas.
Palavras-chave
seqüestro de carbono; mecanismo de desenvolvimento limpo; estratégias de mitigação; modelos bioeconômicos
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en |
Bioeconomic analysis of carbon forest sequestration and of the ecological debt: an application to the case of Rio Grande do Sul
Sobrinho, Valny Giacomelli & Schneider, Paulo Renato
Abstract
Though heavily criticized, the Kyoto Protocol has stood out as the key political tool in addressing
climate change. However, one of the few instruments that allows industrialized and developing countries to
cooperate towards mitigation of GHGs is CDM (Clean Development Mechanism). The underlying
assumption of forestry CDM is that forest plantations (afforestation/ reforestation) might help remove carbon
dioxide (the most representative GHG) emissions and compensate for the loss of natural forests. Therefore,
this study focuses on this alleged trade-off. A bioeconomic analysis, which abstracts out money variables, is
applied to assess carbon forest sequestration in Rio Grande do Sul. The state's forest area is split up into
natural and planted forests only. On one hand, this does not allow to check out for deforestation; on the other
hand, such a phenomenon is not remarkable in Rio Grande do Sul. The land use is taken into account by a
function that works as the emission removal demand. On the other hand, the emission supply function
depends on the economic growth rates. The results show that, eventually, the sustainability of economic
growth hinges on a region's or country's ecological situation – namely, equilibrium, credit or debt. The
economic and environmental advantages of each mitigation strategy – CDM and natural forest conservation
– are crosschecked. A nearly 40-year-long overshoot rate is, after all, estimated for the forest sector in Rio Grande do Sul. The estimates suggest that CDM might help to relieve environmental stress only where
ecological credit is reported. Where ecological debt is already on, CDM was found unable to compensate for
conservation disregard.
Keywords
carbon sequestration; clean development mechanism; mitigation strategies; bioeconomic models
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