A presente pesquisa objetivou avaliar preliminarmente o potencial de uso da madeira de canafístula
(
Peltophorum dubium
(Spreng.) Taub.), para produção de chapas de partículas aglomeradas, coladas com
adesivos à base de tanino e ureia-formaldeído, utilizados numa proporção de 9% com base no peso seco
das partículas. Para cada tratamento, foram confeccionadas três chapas com densidade nominal de 0,63
g/cm
3 de onde se extraíram corpos de prova para verificação das propriedades físicas de absorção d'água
em peso e volume e inchamento em espessura por 2 e 24 horas de imersão em água, e as propriedades
mecânicas de flexão estática (MOE e MOR), arrancamento de parafusos (RAP) e ligação interna (LI),
segundo dimensões e procedimentos prescritos pela norma ASTM D-1037. Os resultados dos ensaios
físico-mecânicos foram comparados com o padrão estabelecido pelas normas ANSI A208.1-1987 e DIN
68761 (1)-1961, (3)-1971. De uma maneira geral, o uso de adesivo à base de ureia resultou em chapas
com tendência a maior absorção d'água, ao passo que os valores de inchamento em espessura para
ambos os tratamentos, se mantiveram de acordo com a norma. Com exceção do MOR, os demais valores
de resistência dos painéis confeccionados com adesivo à base de ureia-formaldeído ficaram abaixo do
mínimo exigido pela norma. Para o adesivo à base de tanino, todas as propriedades foram superiores,
com exceção da RAP. Esses resultados evidenciam que a madeira de canafístula, quando agregada com
adesivo à base de tanino-formaldeído, pode ser uma fonte alternativa de matéria-prima para a produção
de chapas aglomeradas.